Reconhecimento facial e muralhas serão implementadas em presídios federais após fugas

Foto: reprodução
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Após fuga inédita de dois detentos do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, as cinco unidades prisionais federais irão passar por mudanças para fortalecer a segurança. Campo Grande conta com uma penitenciária federal, no bairro Los Angeles e também se enquadra nas mudanças.

As novas medidas de fortalecimento foram anunciadas na tarde desta quinta-feira (15) em um pronunciamento no Palácio da Justiça, pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.  O ministro esclareceu que algumas medidas dependem de atos licitatórios e outras irão iniciar imediatamente.

Entre as ‘novidades’ estão a modernização do sistema de videomonitoramento, sistema de reconhecimento facial para todos que entrarem na unidade, presos, visitantes, administradores, advogados e autoridades. Além disso, a ampliação do sistema de alarmes e sensores e a construção de muralhas, substituindo os alambrados. Até esta sexta-feira (16), as visitas sociais e os banhos de sol estão proibidos.

Nomeação

Por fim, o titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou que a Pasta vai requisitar a nomeação de 80 policiais penais federais, já aprovados em concurso público, para reformar o sistema penitenciário federal. Segundo o ministro, parte do contingente será deslocado para a unidade de Mossoró.

Lewandowski garante que os presídios federais são “absolutamente seguros e todos podem continuar confiando no sistema”. Ele chama a fuga de “uma série de eventos fortuitos”, que ocorreu devido a uma reforma no presídio de Mossoró, que ele acredita ter contribuído para a fuga.

Investigações

Lewandowski explicou, ainda, que há duas investigações em curso. Uma delas, de caráter administrativo, para apurar as responsabilidades da fuga e podem levar a um processo administrativo. Ela está sob a liderança do titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia. Também há um inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar eventuais responsabilidades de natureza criminal das pessoas que, eventualmente, facilitaram a fuga dos dois detentos da penitenciária.

Famosos do crime

Na penitenciária federal de Campo Grande já passaram diversos detentos bem conhecidos pela população e no mundo do crime. Ela já recebeu Fernandino Beira-Mar, Adélio Bispo, responsável pela tentativa de homicídio do ex-presidente, os assassinos do Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira

Fuga

Na manhã de quarta-feira (14), dois presos, identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, conhecido como “Tatu” e Deibson Cabral Nascimento, de 34, chamado de “Deisinho”, fugiram de uma penitenciária de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A fuga dos dois detentos é uma das primeiras ocorrências do tipo em uma penitenciária de segurança máxima no país desde a inauguração do sistema, em 2006.

Os dois presos estavam na penitenciária de Mossoró desde setembro de 2023, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Eles estavam entre os presos que participaram de uma rebelião em julho passado, no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, no Acre, onde cinco detentos foram executados com decapitações e esquartejamentos.

Interpol

Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande no Norte, na quarta-feira (14), tiveram seus nomes incluídos no Sistema de Difusão Vermelha da Interpol, o nível máximo de alerta para criminosos.

A medida foi anunciada pelo secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, na quinta-feira (15). Anteriormente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública pedidu à Interpol para incluir os criminosos no Sistema de Difusão Laranja, níve que apenas alerta outros países sobre os riscos iminentes à segurança pública.

De acordo como portal SBT News, agora, com os nomes inclusos na “lista vermelha”, os fugitivos poderão ser detidos provisoriamente em qualquer um dos 196 Estados-membros da Interpol.

 

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