O conteúdo de um vídeo entregue pela cervejaria mineira Backer está sendo analisado pela Polícia Civil de Minas Gerais. As imagens podem reforçar a hipótese de que a empresa tenha sido alvo de sabotagem.
A corporação disse que não pode dar detalhes sobre o vídeo para não atrapalhar as investigações sobre a contaminação de 22 lotes de oito diferentes rótulos de cervejas produzidas pelas Backer: Belorizontina, Capixaba, Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.
Em nota, a Backer diz que contribui com as autoridades sem restrições e reforça que é a principal interessada na apuração e elucidação dos fatos.
Na última quinta-feira (16), policiais mineiros cumpriram mandados de busca e apreensão em uma empresa distribuidora que fornece a Backer insumos usados na produção de cerveja.
Na quinta-feira mais duas pessoas prestaram depoimento na 4ª Delegacia de Polícia, em Belo Horizonte, onde um inquérito policial foi instaurado para apurar a suposta contaminação das cervejas da Backer por duas substâncias tóxicas usadas em sistemas de refrigeração por suas propriedades anticongelantes, o monoetilenoglicol e o dietilenoglicol.
Até o momento, quatro mortes estão sendo atribuídas à intoxicação pelo consumo da cerveja Backer, particularmente da Belorizontina. A primeira morte, de uma mulher, ocorreu em Pompéu, a cerca de 170 quilômetros da capital mineira. Embora a vítima tenha falecido em 28 de dezembro, só ontem (16) a Secretaria estadual de Saúde confirmou que o caso pode estar associado à síndrome nefroneural provocado pela intoxicação. As outras três vítimas fatais são do sexo masculino e vieram a óbito em 7, 15 e 16 de janeiro, em Juiz de Fora e Belo Horizonte, respectivamente.
Outros 14 pacientes continuam internados em estabelecimentos de saúde mineiros. Dos 18 casos registrados até agora, apenas quatro já têm laudos atestando a presença de dietilenoglicol no sangue, incluído o homem que faleceu no último dia 7.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)