A Orquestra Jovem Sesc MS participa do 12º Festival Internacional de Música de Pelotas. O sexteto é proveniente de atividades do Sesc Lageado que foi destaque em avaliação nacional e angariou a oportunidade de representar o Estado em duas apresentações feitas esta semana. Os concertos apresentados no Rio Grande do Sul, além de ser um avanço na carreira dos jovens músicos, demonstram o potencial da arte como um meio de transformação social.
A arte é um meio de expressão inerente ao ser humano desde a pré-história. Ao longo dos anos, desde as pinturas rupestres, os meios artísticos expandiram-se: música, teatro, dança… são inúmeras as possibilidades de expressão. Tais manifestações artísticas, além de contribuírem como meio de exteriorização, também agregam ao despertar de consciência e impactam a vida de milhares de pessoas, ampliando suas perspectivas. Com esse intuito, as atividades culturais do Sesc ampliam os horizontes de diversos alunos e crianças com aulas de canto, música e instrumentalização. Assim, os alunos do Sesc Lageado puderam participar do Festival Internacional de Música em Pelotas.
A estreia da Orquestra Jovem Sesc MS no Festival foi terça-feira (16), quando o sexteto realizou uma apresentação na Paróquia Santa Terezinha que, segundo o maestro da Orquestra, Bibi Carvalho, foram três concertos muito bem apresentados. “Fomos muito bem recebidos pelo público. Fizemos três momentos nesse concerto, e acredito que fomos muito bem. No primeiro momento, tocamos músicas latinas; no segundo, músicas brasileiras; e, por último, fizemos uma alusão à música fronteiriça, tocando Paracampana e Mercedita. Foi um momento em que houve uma conexão com o povo gaúcho, por ser um Estado fronteiriço”, explicou o maestro.
Para a aluna de violino e também monitora, Thalita Dias Miranda, a experiência no festival foi como um momento de vigorosa expansão de conhecimento prático do universo da música. “Para mim, foi como ver o Big Bang no mundo da música: como nunca acaba, como não tem limites, está sempre crescendo, como sempre tem como aprender um pouco mais”, disse a aluna com entusiasmo. E acrescenta que sairá do festival com novos olhares para o futuro. “Eu estou saindo desse Festival Internacional de Música, assim, uma pessoa ainda mais sonhadora e com muita bagagem musical e, principalmente, feliz por poder viver esse momento que foi inesquecível”, afirmou.
Na quarta-feira (24), os alunos conjuntamente com os demais músicos do Festival, formaram a Orquestra Jovem Sesc Brasil, em um concerto no Teatro Guarany. A experiência se mostrava desafiadora, mas seria um grande avanço na trajetória dos jovens. Para o maestro Bibi, contudo, em conversa com a equipe de reportagem do jornal O Estado horas antes da apresentação, as expectativas eram otimistas e expressou uma postura confiante em seus alunos. “Os alunos estão bem preparados, estudaram, fizeram todos os ensaios e toda a preparação para esse concerto, que reúne alunos dos regionais do Sesc de todo o Brasil. Estou muito positivo com o que está por vir”, declarou.
Orquestra Jovem Sesc MS
O sexteto da Orquestra Jovem Sesc MS é formado por Thalita Dias, Hendrick Lima e Rafael Gonçalves (violino), Pedro Victor Meireles (violoncelo), Daniel Dias (flauta transversal) e Jhemerson Alonso (percussão). Durante sua trajetória, o sexteto já participou de três festivais, e o 12º Encontro Internacional de Música será sua quarta experiência, que, para o maestro Bibi, é um momento de muitas oportunidades. “É o quarto festival que a gente participa e cada vez temos tido muitas surpresas. Acredito que cada festival tem a sua peculiaridade. Vamos sair daqui com uma boa impressão e, com certeza, com bastante material para desenvolver durante o ano”, pressupôs.
Para angariar essa experiência, os integrantes passaram por um processo avaliativo realizado pelo Departamento Nacional do Sesc, onde o sexteto do MS demonstrou mais uma vez o seu talento. De acordo com Thalita, o projeto Orquestra Jovem Sesc MS contribui para uma vida com sonhos e cheia de possibilidades. “O projeto ajudou a descobrir minhas capacidades, me ajudou a ver um mundo cheio de arte e cultura que eu nunca imaginei e me mostrou caminhos que, na minha realidade social, eu talvez nunca tivesse acesso e nem conhecimento sobre”, disse a aluna.
Espaço cultural
O Sesc Lageado iniciou suas atividades no bairro em 2010, com aulas para adultos. Percebendo um vigoroso potencial de atividades com crianças e adolescentes que não tinham opção de lazer na comunidade, o espaço resolveu, em 2013, abrir uma programação para o público infantojuvenil.
De lá para cá, transformando vidas por meio da arte, o espaço atendeu mais de cinco mil alunos, segundo a gerente do espaço, Sirlene Cruz. “Identificando também a potencialidade desses alunos, fomos incluindo novos cursos, porque, inicialmente, começamos com violão e balé. Então, na área da música, fomos iniciando depois, aumentando o número de vagas, aumentando o número de cursos”, explicou Sirlene.
Para consultar as atividades fornecidas pelo Sesc Lageado e obter mais informações, acesse @sesclageado, no Instagram.
Por Ana Cavalcante.
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