O INSS começou a utilizar inteligência artificial para combater atestados médicos falsos enviados pela internet. Fraudes em assinaturas e informações, como o número do CRM, devem ser identificadas com mais facilidade.
Na porta das agências, já não há mais filas de espera por atendimento. Hoje é quase tudo pela internet. Desde setembro, é possível, por exemplo, solicitar o benefício por incapacidade temporária, o antigo auxílio-doença, sem fazer perícia, só com atestado médico. Se a facilidade aumentou, o rigor para evitar pagamentos indevidos e maior gasto público, também.
A partir dessa segunda-feira (15), um novo robô vai agilizar a identificação de fraudes nos atestados enviados por quem precisa do auxílio-doença. Informações como hospital de emissão do laudo, registro no Conselho de Medicina e assinatura do médico são analisadas com ajuda da inteligência artificial.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afirma que nenhum benefício será automaticamente negado, mas que os casos de fraude serão encaminhados à Polícia Federal.
“Com esses que apresentam atestado falso certamente seremos implacáveis. Não teremos tolerância. Não terão benefício deferido, não irão sequer para a perícia, terão que remarcar, porque se ele tá realmente ruim, ele tem direito a fazer a perícia e eventualmente o benefício, mas responderão pela falsidade do documento”, diz Stefanutto.
O atestado médico deve conter o nome completo e o tempo de afastamento do paciente, a doença ou o número da CID e a assinatura e carimbo com número de registro do médico ou dentista.
Luciana Sousa, advogada especialista em direito previdenciário, explica como enviar o documento para o sistema: “as pessoas devem ter o cuidado de apresentar documentação completa e legível. Então, os documentos devem ser digitalizados de forma legível. A documentação original e apresentações na sua totalidade para o INSS, sem rasuras”.
Com informações do SBT News.
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