Falta de cumprimento de contrato por parte da Prefeitura gerou, em um ano, um déficit de R$ 10 milhões, segundo informações repassadas ontem (21), pelo Consórcio Guaicurus. A data-base de reajuste é no mês de março, mas, segundo os representantes, a prefeitura não tem cumprido a determinação firmada em contrato.
O reajuste tarifário aponta que a tarifa técnica é de R$ 5,79, decretada em R$ 5,80, feito no mês de outubro de 2021 a outubro de 2022. O Consórcio Guaicurus explica que, a prefeitura alega que o aumento não foi feito por descumprimento de algumas regras. Em um processo detalhado, que o jornal O Estado teve acesso, mostra que das 29 exigências, apenas três do Consórcio, foram cumpridas e as 26 são pertencentes à prefeitura.
Paulo Vitor, diretor operacional do Consórcio Guaicurus, explica que se a prefeitura não cumprir o contrato é impossível ter frota nova. “O desequilíbrio econômico do consórcio se dá pela falta de pagamento por parte do órgão público, quando é realizado o cumprimento do contrato de forma atrasada, gerando deficiência principalmente na folha de pagamento”, diz.
Paulo Vitor enfatiza ainda que o pagamento do décimo terceiro salário aos funcionários foi feito, mas o adiantamento do mês de janeiro está em atraso, já que a data de pagamento é dia 20 de dezembro.
Na terça-feira (19), o jornal O Estado esteve presente em uma reunião de urgência entre a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), o Consórcio Guaicurus e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, sobre o aumento da tarifa do transporte coletivo. O novo valor segue incerto.
O acordo só não foi firmado pois a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não acordou a data de reajuste imposta pelo Consórcio Guaicurus. A prefeita alega que não tem condições de o aumento ser concedido antes de fevereiro. “Precisamos da Câmara de Vereadores e do Governo do Estado para decidirem o valor dos repasses, que incluem alunos das escolas municipais e estaduais, que utilizam o transporte.”
Por Thays Schneider.
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