Quentinhas do cinema: O suspense no silêncio

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[Por Filipe Gonçalves, Jornal O Estado de MS]

Procurando um filme de terror que seja fora dos padrões comerciais que vemos hoje em dia, mas sem ser brutal demais? Talvez você esteja procurando “Ninguém Vai te Salvar”. Essa produção é a prova de que boas ideias são atemporais.

Imagine estar na primeira sessão de cinema do mundo, quando os irmãos Lumière reproduziram a cena clássica do trem vindo em direção à tela e assustou todas aquelas pessoas, gerando uma comoção imensa na época. Artistas fantásticos, como Georges Méliès, transformaram o cinema e fazem parte dessa história, toda vez que damos play em um filme, sentados no sofá de casa.

Quando foi inventada uma maneira de gravar voz e reproduzir isso com o que se via na tela, houve outra revolução que, na época, dividiu muitos espectadores e até mesmo os realizadores, pois agora havia duas vertentes, os filmes mudos e os falados.

Tudo isso para dizer que a sétima arte sempre encontra uma maneira de se reinventar e fazer com que o velho seja atraente de novo, como, por exemplo, o filme “O Artista”, de 2011, que foi rodado sem dizer uma única palavra
e mesmo assim venceu 5 Oscars, incluindo o de melhor filme.

Parece que para essa arte em específico tudo é capaz de se transformar em algo mais maravilhoso ainda do que vimos anteriormente, mas sempre lembrando com muito carinho do alicerce. A dica de filme de hoje é uma produção bastante particular e que envolve já, logo nos primeiros minutos, e causa estranheza por não conter nenhum diálogo.

Imagine um filme terror que precisa construir uma atmosfera bastante ameaçadora e que gere ansiedade no público única e exclusivamente com insinuações do que vai acontecer no desenrolar dos atos.

A atriz Kaitlyn Dever atua com primazia, fazendo com que compremos aquela história, mérito também do diretor e roteirista Brian Duffield, que alia planos clássicos de terror e suspense a uma história que, para maioria das plateias, soe desinteressante a princípio, mas que vai ganhando corpo, à medida que a trama a avança.

Claro que entregar um dos elementos rápido demais faz com que o ritmo também mude e a dinâmica transforma o fim em uma incógnita, como todo bom filme de suspense.Também não há uma preocupação aparente do diretor para agradar a grande massa, tanto que o filme tem opiniões bem divergentes em avaliações no Google, mas a pulga atrás da orelha está lá.

Para melhorar sua experiência com esse filme fique apenas com essa sugestão e não pesquise resenhas e sinopses na internet, pois filmes assim merecem total surpresa por parte da plateia e está disponível completinho, no streaming Star Plus.

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