A obra da bacia de amortecimento do córrego Reveilleau entrou na fase final e nesta semana passou pelo primeiro teste com a chuva forte que atingiu Campo Grande. A bacia já está em operação e agora os operários trabalham na urbanização e plantio de grama no cruzamento das avenidas Mato Grosso e Hiroshima, na entrada do Parque dos Poderes.
Estão sendo investidos nessa obra R$ 5,5 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A bacia de amortecimento do córrego Reveilleau é o maior projeto de prevenção a inundações, construída em Campo Grande e deve ser concluída até o final de dezembro deste ano.
“Esta é a primeira bacia de amortecimento construída em Campo Grande através do sistema gabião, com maior durabilidade que as tradicionais feitas de concreto. Por ser feita de pedras e telas, fica menos exposta a processos de erosão, evitando ocorrências como a queda das placas de concreto. Essa obra vai trazer soluções para as águas das chuvas que impactam diretamente a Via Park e o Parque das Nações Indígenas”, ressalta a prefeita Adriane Lopes.
A chuva, que provocou transtornos em várias regiões da Capital, é tipica nesta época do ano. Em novembro, até o último dia 28, choveu 233 milímetros em Campo Grande, 12,8% acima da média histórica para este período, conforme o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Só no dia 27 (segunda-feira) foram 43,3 milímetros.
A obra
Com muros de até 4 metros de altura, a bacia de amortecimento (também conhecida como bacia de contenção) do córrego Reveilleau foi planejada para regular o fluxo de águas pluviais que vão em direção aos lagos do Parque das Nações Indígenas, vindos de bairros localizados acima da bacia, como Carandá Bosque, Mata do Jacinto, Danúbio Azul e Vila Nascente. A bacia tem capacidade para reter até 40 mil metros cúbicos de água da chuva. Com isso, previne-se erosão dos córregos que chegam ao Parque das Nações Indígenas, provocando o transbordamento e o alagamento na Via Park.
“Lago e nascente tem que ser com águas boas, não pode ter água de enxurrada chegando. Esse projeto é muito importante porque ele evita o assoreamento dos nossos lagos e córregos. Estamos muito felizes, pois, com a instalação das galerias, antes mesmo da conclusão da obra, já sentimos o quanto ela tem impactado positivamente a região”, disse o empresário Adelmo de Oliveira, ao passar pelo local e acompanhar a movimentação de máquinas e operários.
No final de 2019, como medida complementar e preventiva ao desassoreamento dos lagos do Parque das Nações Indígenas, a Prefeitura de Campo Grande concluiu o desassoreamento das nascentes do Córrego Reveilleau, nos altos da Avenida Mato Grosso.
Foram retirados, aproximadamente, 4 mil metros cúbicos de areia, numa operação que mobilizou duas máquinas retroescavadeiras e 8 caminhões. Também foi aumentado para 2,5 metros de altura a barragem para contenção de sedimento na “boca” de entrada da galeria de águas pluviais construída sob a pista.