A 4ª Conec (Conferência Estadual de Cultura) ocorre no teatro Glauce Rocha. Com uma programação de três dias, o evento visa debater diretrizes para promover o desenvolvimento cultural de Mato Grosso do Sul, sendo aberto ao público das 8h às 20h, o evento iniciou segunda (20) e encerra hoje (22), com programação das 8h às 12h30. Após cada encontro, são realizadas apresentações culturais.
Iniciada ontem (20) no teatro Glauce Rocha, a conferência reuniu gestores, artistas e trabalhadores de várias cidades do Estado, buscando estabelecer diretrizes democráticas, atualizadas e eficazes para o setor cultural. A programação, além de debater eixos temáticos de suma importância para a cultura do Estado, também promoveu apresentações do grupo Chalana de Prata na segunda-feira (20) e do grupo de rap indígena Brô MC’s, ontem (21), segundo dia do evento. A delegada representante do colegiado de Audiovisual, Marinete Pinheiro, destaca que as conferências são espaços participativos e colaborativos.
“É crucial atualizar constantemente os mecanismos que regem a cultura, sejam eles públicos ou não. Nesta conferência, todos os eixos são importantes, buscando atender demandas atuais e urgentes. A participação dos agentes do interior em Campo Grande é notável, mostrando que a cultura não está limitada à Capital. É necessário entender, respeitar e ouvir as particularidades de cada cantinho cultural do Estado. Entre as muitas demandas apresentadas, está a construção cultural de interesse mútuo, mesmo que por vezes divergentes. Vislumbro a integração, democratização, participação e o fortalecimento do setor cultural nos eixos propostos pela conferência”, afirma Marinete.
Com o propósito de debater programas, projetos e ações para a formulação de políticas públicas de cultura em MS, são discutidos temas como: democratização do acesso à cultura; identidade, patrimônio, memória; diversidade cultural, transversalidade de gênero, raça, acessibilidade política cultural, entre outros. Com mais de 30 anos de trajetória, a cantora Maria Alice espera que os debates se transformem em ações concretas do governo para o setor.
“Diversos eixos importantes são debatidos na conferência. Eu me inscrevi no que trata da institucionalização e gestão. Precisamos falar de planejamento e ações. A transição de um governo para o outro, muitas vezes, causa descontinuidades nas propostas, geralmente por motivos políticos. Então este é um momento crucial em que a sociedade civil se reúne com o poder público para discutir políticas públicas para o setor. Então é necessário haver vontade política dos governantes para executar essas ações, já que os benefícios podem ser muitos, tanto para os produtores de arte quanto para quem pode usufruir dela. O papel da política pública é fazer chegar à sociedade manifestações que ela não acessaria apenas pelo movimento do mercado e da indústria cultural. A expectativa é que possamos avançar na construção dessas políticas”, anseia Maria Alice.
Conferência Nacional
Além das discussões programadas, a conferência também definirá propostas e elegerá delegados e representantes para a Conferência Nacional, prevista pelo governo federal para março de 2024. Durante os três dias de programação, a 4ª Conec é presidida pelo secretário da Sestecc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), Marcelo Miranda. Apesar de afirmar que nos anos anteriores a conferência não conseguiu cumprir seus propósitos, o objetivo é mudar esse cenário e trazer melhorias para toda a classe.
“Durante esses três anos anteriores, a conferência ainda não conseguiu atingir seus propósitos, mas mudaremos esse cenário. A Conferência Estadual de Cultura tem grande importância para as políticas culturais do nosso Estado. Nestes três dias, discutiremos os rumos da cultura de MS, mudanças e melhorias para toda a classe. Nesta quarta edição, a Conferência Estadual de Cultura vai revisar os marcos legais da cultura no Estado, especificamente a lei que institui o Sistema Estadual de Cultura, além de estabelecer políticas culturais para nortear a revisão do Plano Estadual de Cultura.” A conferência acontece no teatro Glauce Rocha e é aberta ao público.
Por – Ana Cavalcante
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram