Inacreditável: Corumbá registra sensação térmica de 54°C e é uma das mais quentes do país

clima_por do sol_tempo_calor
Foto: Nilson Figueiredo

O sul-mato-grossense já está bem acostumado ao calor, principalmente nessa época do ano, entretanto, as altas temperaturas estão pegando todos de surpresa. E nos últimos dias, o Estado encabeça um dos recordes mais preocupantes: a de cidade mais quente do Brasil.

Quem abraçou para si o título foi o município de Corumbá, região do Pantanal, que registrou na terça-feira (14) 43,3°C conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Porém, o calor não para por aí: segundo dados do meteorologista Natálio Abrão, Corumbá ainda registrou sensação térmica de 54°C.

O recorde de cidade mais quente do país foi registrado a três anos, na cidade de Nova Maringá, Mato Grosso, quando os termômetros chegaram aos 44,8°C. Ainda conforme o meteorologista, Água Clara também sofreu com o calor ontem, com termômetros atingindo 41,4°C de máxima e 52°C de sensação térmica, que também entrou no top 7 do Inmet.

Em seguida, no ranking das mais quentes do Estado, ficam os municípios de Paranaíba (40,1°C e sensação de 45°C), Três Lagoas (40,7°C e sensação de 46°C), Porto Murtinho (42,2°C e sensação de 46°C) e Bonito (40,4°C com sensação térmica de 47°C).

Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), além das altas temperaturas, durante os dias de forte calor, a umidade relativa do ar estará com valores entre 10% e 30%, bem abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de 60%. Nesta quarta-feira, Corumbá chegou a registrar 20% de umidade.

Onda de calor

A onda de calor que atinge Mato Grosso do Sul sofre influência do El Niño, fenômeno que enfraquece os ventos alísios (que sopram de Leste para Oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. Os efeitos do fenômeno devem durar até abril de 2024.

Conforme o coordenador da Rede Clima da Universidade de Brasília (UnB), Saulo Rodrigues Pereira Filho, ouvido pela Agência Brasil, “Tudo indica que teremos um verão extremamente quente. É um El Niño de intensidade muito forte que, juntamente com o aquecimento global, produz esses efeitos que nós estamos vendo”.

 

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *