Lista de participação conta com 300 empresas e grandes marcas
Data famosa nos Estados Unidos, a Black Friday, em Campo Grande, não é diferente. A data não passa em branco, já que muitos consumidores aguardam este momento para aproveitar promoções e produtos com preços menores. Na Capital, o comércio celebra a data no dia 24 de novembro, evento que vem de encontro ao mês da 1ª parcela do décimo terceiro para alguns trabalhadores.
Lojas como Pernambucanas, Riachuelo, Americanas, Gazin, estão entre as 300 lojas que já estão confirmadas na Black Friday. E, para que o pequeno varejista também participe, a CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande) vai estimular esses empreendedores a oferecerem produtos com descontos.
“A CDL vai estimular as empresas a disponibilizarem produtos e serviços que possam ser vendidos na Black Friday. De modo geral, as grandes magazines têm o hábito e já disponibilizam alguns produtos, agora, o pequeno varejista não consegue entrar na Black Friday como ele gostaria, porque ele está se preparando para o Natal e não é hora de fazer promoção. A hora de fazer promoção é em janeiro”, pontua o presidente dos lojistas, Adelaido Vila.
Ainda segundo análise do dirigente, apesar de ser uma data imposta ao comércio, esse é o momento que os empresários têm para atrair os compradores e vender mais. Por outro lado, os consumidores têm a oportunidade de comprar aquele produto que tanto queria em um preço que cabe no bolso.
“O ideal é que a gente faça promoções pós-Natal, mas, como esse movimento aconteceu nos Estados Unidos e vem ganhando uma repercussão cada vez maior, até por conta do mercado on-line, o Brasil acabou entrando nessa onda”, destaca Adelaido.
Temporada de descontos
Também realizada no final do mês, a 10ª Black Friday Fronteira ocorreu nos dias 27, 28 e 29 de outubro, nas cidades de fronteira entre Pedro Juan Caballero – Paraguai e Ponta Porã – Brasil.
“Um grande sucesso”, assim avaliou o presidente da Câmara de Indústria e Comércio de Pedro Juan Caballero, Khalil Mansour El Hage, após os dias de promoções. Em sua visão, o fluxo de turistas e compradores superaram a expectativa.
“A cidade estava cheia, os turistas circulando, as lojas lotadas tanto em Ponta Porã como em Pedro Juan Caballero. Nosso cliente majoritário veio do Brasil, principalmente no comércio de turismo. Então foi espetacular, alcançamos nossas expectativas em relação à quantidade de pessoas. À primeira vista, o número de vendas superou os 25 milhões de dólares que estávamos aguardando vender”, compartilhou em entrevista ao jornal O Estado, Khalil Mansour.
“Já conversei com várias casas comerciais que participaram e todos falaram que foi muito bom. Alguns dentro da expectativa, outros disseram que as vendas até superaram”, comemorou o presidente da Câmara.
Vale a pena comprar?
O economista Márcio Coutinho alerta os consumidores, que pretendem ir às compras na Black Friday, sobre a importância do consumo consciente, de realizar as compras de acordo com suas necessidades e não por impulso, comprometendo o orçamento para o mês seguinte.
“As pessoas que vão aproveitar o evento, a Black Friday, precisam estar atentas aos preços. Para que essa Black Friday, não se torne uma ‘black fraude’. Outro exemplo, é o consumidor encontrar produtos com preços mais em conta, mas que ele não está, necessariamente, precisando. E por impulso, acaba comprando só por que está barato.”
Expectativa de vendas
A pretensão é manter os valores e expectativas de vendas do ano anterior, segundo avaliou Adelaido Vila, que também é secretário da Sidagro (Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio) e classificou o ano de 2022 como um ano bom, de retomada da economia, no varejo pós- -pandemia. O representante ainda destacou pontos que podem trazer impactos negativos para essa edição da Black Friday.
“Essa data movimenta na faixa de R$ 35 a R$ 50 milhões. A expectativa é manter esse número. Muitas famílias pretendem comprar ar-condicionado, eletrodomésticos, mas temos algumas preocupações como a seca que estamos tendo em Manaus. Por isso, esses produtos estão escassos e tendem, inclusive, a subir de preço. Eles não estão chegando na mesma quantidade que chegavam, normalmente, em Campo Grande. Essa seca, talvez, acabe atrapalhando um pouco as promoções.
Por – Kamila Alcântara
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