A taxa de ocupação da rede hoteleira da Capital cresceu 44% na virada do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, 65% dos 7.500 leitos disponíveis na cidade morena foram reservados por turistas que procuraram pelo turismo ecológico. Mesmo não sendo destino final, a ABIH-MS (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Mato Grosso do Sul) afirma que mais pessoas visitaram os pontos turísticos de Campo Grande.
Ainda no Estado, destinos como Bonito também tiveram alta com, pelo menos, 95% de ocupação da rede hoteleira. Quando se olha pelos gastos, o custo médio de uma viagem dentro do Estado permaneceu em R$ 2.600. Porém, para os que escolheram destinos como Rio de Janeiro e o nordeste brasileiro o valor para 7 dias e duas pessoas chegou aos R$ 5.300.
Bruno Wendling, da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, acredita que os resultados, melhores que os observados no ano passado, tenham ocorrido graças a fatores como a alta do dólar e as divulgações realizadas tanto por parte do governo quanto pelos empresários.
“Acredito que o motivo da alta esteja ligado com a retomada da economia, o dólar em alta e as campanhas que o Estado vem realizando e as ações promocionais conjuntas realizadas pelos empresários”, pontuou. Já Ney Gonçalves, presidente da ABAV/MS (Associação Brasileira de Agências de Viagens em MS), revelou que o Rio de Janeiro, Natal, Maceió, Porto de Galinhas e Florianópolis foram os destinos mais escolhidos pelos sul-mato-grossenses.
“No Estado, tivemos boa procura por Bonito e toda região do Pantanal, assim como Costa Rica e Rio Verde. Para os que escolheram passar a virada do ano fora do Estado, tivemos boa demanda por Rio de janeiro, Natal, Maceió, Porto de Galinhas e Florianópolis. Na comparação com o ano passado, conseguimos estimar um aumento de 3% a 4% no número de pessoas com a intenção de viajar, o que representa um ótimo percentual”, pontuou.
Ele explicou ainda, o motivo pelo qual Campo Grande aparece em muitos dos casos como um local apenas de passagem e não como o destino final de muitos turistas. “Os turistas que vem ao Estado querem curtir um turismo ecológico e, então, evitam grandes centros. Quando o aquário (do Pantanal) estiver pronto, ele será um grande atrativo para atrair esses turistas que por aqui passam”, acredita.
Ainda, Marcelo Mesquita Presidente da ABIH-MS conta que muitos dos visitantes que chegaram até a Capital tinham como destino outros pontos do país. “Tivemos uma boa procura, claro que não tivemos uma taxa de ocupação exorbitante, mas ano após ano observamos um aumento no fluxo de pessoas que passam por Campo Grande, muitos deles vem do interior o MT, MS, e até mesmo bolivianos, que colocam a Capital em sua rota tanto em sua viagem de ida para as praias, quanto no retorno. Então, acabamos tendo um número de famílias do interior do estado interessante”, revelou.
Sobre a taxa de ocupação em Campo Grande, ele pontua que os resultados obtidos neste ano foram melhores que os do ano passado. Ele completa afirmando que em Bonito com capacidade de 6.100 leitos, a taxa de ocupação quase chegou aos 100%. “Em média, do dia 31 de dezembro a 01 de janeiro, foi de 95%. Se comparado com os resultados do ano passado quando foram registrados foi de 91%, é possível observar um aumento de 4,4% de 2018 para 2019”, citou.
Para o presidente da ABAETUR (Associação Bonitense de Agências de Ecoturismo), Gustavo Diniz, os resultados mostram o esforço dos empresários locais em mostrar as belezas de Bonito para o mundo. “Acredito que temos alguns fatores que levaram a tais números, alguns deles são, por exemplo: O investimento dos empresários em divulgação do destino, o aumento e melhoria na rede hoteleira, o aumento e melhoria na rede de bares, restaurantes e a consolidação do destino (Bonito) em países vizinhos como Paraguai e Bolívia”, revelou.
(Texto: Michelly Perez)