Conscientes da necessidade e urgência do projeto, vereadores pretendem criar comissão de fiscalização
Em audiência pública sobre o projeto de construção do Hospital Municipal de Campo Grande ontem (18), vereadores da Capital, apesar de “desconfiados” do projeto dizem que pretendem fornecer emendas para a construção dele, caso necessário. Ao todo, o orçamento deve ser de R$ 10 milhões, contudo, os vareadores pretendem criar uma comissão para acompanhar o andamento da obra.
“Se precisar, a Câmara está com o orçamento aqui, pronto para ser votado este ano. A gente tem as emendas impositivas, o que vai dar em torno de, no mínimo, R$ 10 milhões. A gente pode fazer um grupo de vereadores, já que a metade é pra saúde, e pegar R$ 5 milhões, de forma coletiva e colocar na construção do hospital. Mas, para isso, precisamos saber se, realmente, ele será iniciado e terminado”, disse o presidente da Câmara, vereador Carlão.
Além de vereadores, a audiência reuniu representantes da população, autoridades de diversos órgãos relacionados ao atendimento em saúde pública, entre outras pessoas. Segundo o entendimento da maioria presente, a construção de um hospital se faz urgente na capital. “Campo Grande é uma cidade que tem 124 anos, com uma população regional de um milhão, quatrocentos e cinquenta mil habitantes. Tem 900 mil habitantes, mas a região que atende é de 1.450 habitantes. E Campo Grande não tem nem um leito hospitalar. A cidade precisa se adequar em relação à saúde em todos os campos, tanto na atenção básica, como na oferta de exames, quanto na oferta de leitos hospitalares. Para que nós não venhamos a ser surpreendidos novamente, como fomos na covid, com falta de leitos”, disse o superintendente estadual do Ministério da Saúde em MS, Ronaldo da Souza Costa.
O vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Prof. André Luis (Rede) pontuou que construir uma unidade hospitalar é algo muito complexo, que vai além de erguer paredes. “Lembrando que um hospital municipal não é somente levantar paredes. Existe uma arquitetura específica, engenharia específica, é uma estrutura extremamente complexa, não é fácil fazer. E, quando a falamos em hospital não é só estrutura física, estamos falando também de pessoas.
Então, são 1.500 novos servidores, isto é, concurso público, não pode ser processo seletivo, que é desvio de finalidade.”
Como resultado prático da audiência pública, a vereadora Luiza Ribeiro anunciou as medidas que serão realizadas quanto ao projeto de construção do primeiro Hospital Municipal da Capital. A primeira medida será constituir uma comissão de vereadores para acompanhar o encaminhamento e a implantação do Hospital Municipal, a segunda será convocar o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, para detalhar o projeto na Câmara de Vereadores, solicitar uma agenda com o Ministério da Saúde, em Brasília para pedir apoio ao projeto, solicitar também agenda com o governador Eduardo Riedel, para juntar-se a mobilização de apoio, além de agendar audiências com deputados e senadores, com o mesmo propósito.
“Quando se fala em hospital não é só a estrutura física, também estamos falando de pessoas” – Prof.André Luis, vice-presidente Comissão de Saúde
Participaram da audiência, os vereadores: Carlão, Ronilço Guerreiro, Zé da Farmácia, Junior Coringa, Prof. André Luis, Ademir Santana e Luiza Ribeiro. Nem o governo estadual nem o municipal enviaram representantes para a audiência.
Por Daniela Lacerda – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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