Conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), apenas de janeiro a junho de 2023, foram registrados 2.234 casos de ataques de escorpião em Mato Grosso do Sul. O levantamento acende um alerta após a morte do menino Pyetro Gabriel Arguelho, de cinco anos, em Ribas do Rio Pardo.
Em Campo Grande, foram registrados 673 casos. O Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) atendeu por meio de ligação de telefone, 75 casos neste ano. O médico responsável clínico pelo Ciatox MS e professor adjunto em Dermatologia pela UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), Alexandre Moretti de Lima, explica que ataques de escorpiões são a principal causa de acidentes com animais peçonhentos no país.
“Quando acontece o acidente, é preciso levar o paciente para o pronto-socorro para ser atendido e avaliar a gravidade do quadro. Geralmente, na maioria das vezes, são quadros leves, sendo necessário somente a analgesia e bloqueio anestésico”, explica.
Porém, assim como no caso de Pyetro, crianças e idosos estão mais vulneráveis a ataques, com necessidade da aplicação de soro antiveneno. A criança chegou a receber os atendimentos no hospital municipal de Ribas do Rio Pardo, mas teve um agravamento do quadro e não resistiu.
Cuidados ambientais.
Ainda segundo Moretti, é preciso estar atento a profilaxia ambiental. “Condicionamento dos lixos, controle dos vetores, insetos e baratas, que são alimentos dos escorpiões”, explica. Com as temperaturas mais altas, os casos tendem a aumentar devido à saída dos escorpiões de seus esconderijos.
Além disso, o uso de água sanitária em frestas e ralos, barreiras em portas e evitar o acumulo de lixo e entulho são dicas básicas para combater a proliferação dos escorpiões. “A profilaxia ambiental é a principal maneira de controlar o contato do homem com o escorpião, e assim a gente previne os acidentes”, finaliza o especialista.
Serviço
O Ciatox possui suporte técnico-científico, orientação, conduta, em toxicologia clínica e notificação, e pode ser acionado pelos telefones: 0800 722 6001, (67) 3386-8655 ou 150.
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