O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), em entrevista concedida nesta segunda-feira (10) à FM UCDB, fez a defesa do modelo de Estado enxuto, com contas públicas equilibradas, adotado nas últimas décadas em Mato Grosso do Sul. Gerson, que se define como político pragmático aberto ao diálogo, acredita que a melhor ideologia é a da busca de resultados em favor da sociedade.
“A boa política produz bons resultados para o País, nem que para isto seja preciso fazer eventuais concessões pragramáticas ou ideológicas com vistas ao interesse público. O cidadão não está interessado que se arraste indefinidamente a polarização quanto às questões de comportamento e de costume. Cobra dos agentes políticos que trabalhem para resolver as questões que o afetam, seja na segurança, na educação, no transporte, na saúde. Que as ruas e estradas estejam bem conservadas.”, destacou o parlamentar, que se mostrou favorável a um modelo de Estado enxuto.
“O compromisso com a boa gestão que tem na austeridade fiscal uma das suas bases, foi fundamental para o bom momento atual experimentado pelo Estado que tem mais de R$60 bilhões em investimentos contratados. Os servidores recebem em dia, as ações sociais, bem como as políticas de transferência de renda estão preservadas, mas também o Governo preservou sua capacidade de investimento para executar obras”, destaca o presidente da ALEMS.
Na avaliação de Gerson não se pode perder de vista, ao se avaliar qual modelo de Estado melhor atende as demandas da sociedade, uma questão básica que alguns parecem esquecer. “O Estado não produz, nem gera riqueza. Cobra e arrecada os impostos. O papel dos gestores é devolver o dinheiro que cobra da sociedade, sob a forma de prestação de serviço, obras e projetos. É fundamental gastar menos com a máquina pública para que haja mais recursos para gastar com as pessoas”, comenta.
Na entrevista, o deputado fez uma avaliação do 1⁰ semestre da atividade legislativa da ALEMS e comentou sobre o projeto de reforma tributária aprovado pela Câmara dos Deputados.
“A primeira versão, principalmente na questão do Conselho Federativo que será o gestor da nova estrutura tributária, claramente quebrava a federação. A partir das negociações com os governadores construiu-se um modelo mais equilibrado. O fato é que o Brasil precisa reduzir a carga de impostos, adotar uma legislação mais simples. Não é possível manter um sistema como o atual, que é complexo, além de penalizar o contribuinte com a cumulatividade da cobrança”. Gerson lembra que o modelo proposto é inspirado no adotado com sucesso por 170 países.