Com 20 vítimas no primeiro semestre, motociclistas somam 60% dos casos

Fotos: Nilson Figueiredo
Fotos: Nilson Figueiredo

Os motociclistas representaram 60% de todas as mortes do trânsito da Capital neste primeiro semestre de 2023. De acordo com dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), que levam em consideração as vítimas que morreram no local do acidente e as que vieram a óbito num período de até 30 dias em decorrência do sinistro, das 33 mortes registradas, de 1º de janeiro a 30 de junho, 20 eram motociclistas.

Segundo a chefe da Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta, o motociclista é o maior grupo de vítimas porque eles são os mais vulneráveis. Ela explica que eles têm a vulnerabilidade do pedestre, do ciclista, só que com a velocidade associada. “Qualquer acidente que ele se envolva, estando certo ou errado, o motociclista vai levar a pior, porque ele não tem proteção nenhuma e acaba realmente sofrendo um acidente fatal ou grave”, afirmou.

Na madrugada desta quarta-feira (5) mais um motociclista morreu no trânsito de Campo Grande. Thalisson Weslley Silva dos Santos, de 29 anos, morreu após colidir com uma caminhonete, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Rui Barbosa, no centro da Capital. A versão do motorista da caminhonete é de que o motociclista furou o sinal.

Ainda nesta semana, ao menos outros dois motociclistas perderam a vida. Os acidentes ocorrem em menos de 24 horas, no mesmo trecho, na BR-163, região do Jardim Veraneio, saída para Cuiabá, em Campo Grande. Um deles, identificado por Roberto Silva dos Santos, morreu na manhã da última segunda-feira (3), em um acidente que envolveu quatro veículos: duas motocicletas, uma Fiat Strada e um caminhão.

A segunda vítima, que não foi identificada, morreu na noite de segunda-feira, depois de colidir com um carro. Conforme Ivanise, são muitos os fatores que contribuem para o número de motociclistas que morrem em acidentes. Ela assegura que o principal fator de risco é a velocidade. “O primeiro fator de risco hoje na cidade é a questão da velocidade acima do permitido na via. Se todos nós, que circulamos em Campo Grande, andássemos a 50 km/h, nós conseguiríamos frear, desviar ou, caso o acidente aconteça, ele não seria fatal”, disse. 

O outro problema é a embriaguez ao volante. “Enquanto a sociedade achar que é normal beber um pouquinho e dirigir, nós continuaremos com esses números de óbitos, na Capital. Ainda temos outro fator, que é a CNH irregular e o avanço em sinal vermelho”, acrescentou. 

Fotos: Nilson Figueiredo

 

[Rafaela Alves– O ESTADO DE MS]
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *