Difícil resistir quando as crianças comentam e pedem por bichinhos nessa época do ano, seja pelos mais variados motivos, tendo elas ido bem nos estudos ou mesmo pedindo algum de natal, entretanto os pais precisam estar atentos a alguns pontos.
Sobre presentear com bichos, o veterinário Jorge Morais, fundador da Animal Place, destaca que: “sem o consentimento prévio da pessoa que vai cuidar do animal, esta decisão é muito arriscada”. Jorge explica que “é muito importante saber se quem ganhará o animal dispõe de um local apropriado, recursos para alimentação e cuidados veterinários, tempo para exercícios e higiene do pet”.
Segundo dados da ONG Gavaa, entre dezembro e janeiro são os meses em que aumentam, cerca de 60%, os números de abandono.
Além da responsabilidade necessária, os animais são valiosas fontes para dar e receber carinho. Entre as mais diversas opções de bichinhos disponíveis, como coelhos, calopsitas, cães e gatos, é bom orientar a busca de acordo com as características de animais que adaptem-se à rotina da casa.
Ainda segundo o veterinário, para quem vive em apartamentos, casas pequenas ou até mesmo para as pessoas mais velhas, roedores como porquinhos-da-índia são uma boa opção, por terem um menor tempo de vida, entre seis e oito anos.
Adotar é sempre a melhor opção, mas caso a sua família passe muito tempo fora de casa, o bichinho pode se sentir sozinho. Tudo isso deve ser levado em conta na busca por um bichinho que se enquadre bem no seu cotidiano.
É importante para os pais, antes de entregar um bichinho aos pequenos:
1 – Conversar sobre o tema
Verifique se o seu filho realmente gostaria de ter um animal em casa. Além disso, deixe muito claro que os bichinhos não são brinquedos e que a criança também terá de se envolver nos cuidados diários com o novo integrante da família.
2 – Não queimar etapas
E se essa vontade infantil não se sustentar? Aguarde um tempo para conferir se o desejo não desaparece e volte a tratar do assunto. As crianças querem ter pets por perto em determinadas épocas do ano, só que essa relação tende a durar muito tempo após se iniciar.
3 – Montar um orçamento
É preciso também pensar nos custos ao pensar em adotar um bichinho. Coloque tudo na ponta do lápis: alimentação, cuidados veterinários, higiene, brinquedinhos, vacinas, entre outros.
4 – Avaliar o espaço à sua disposição
Não dá para levar o primeiro bichinho para casa sem analisar o espaço que você tem à disposição. Um apartamento compacto sem área externa não é adequado para muitas raças de cachorro, que sem espaço pode ficar agressivo e estressado. Pense em um animal que se adapte bem ao seu lar.
5 – Pensar na segurança
As crianças querem pets por perto. Por isso, os adultos devem pensar também no quesito segurança para todos os envolvidos. Tanto no bem-estar do seu filho quanto na integridade do seu novo mascote.
6 – Levar em conta as necessidades dos animais
Como citado anteriormente, você não deve tomar uma decisão impulsivamente. Pesquise antes todas as necessidades dos animais. Se possível, procure conversar até com um veterinário.
(Texto: Leo Ribeiro)