O policial militar lotado em Mato Grosso do Sul, Ygor Nunes Nascimento, é um dos presos na operação da Polícia Federal na última sexta-feira (30), que tentou capturar o megatraficante Antônio Joaquim Mota. Segundo investigadores, apontam que o 3º sargento autuava em grupo paramilitar na região de fronteira e cuidava da segurança particular do traficante sul-mato-grossense.
A operação que ocorreu na semana passada, contou com apoio da Polícia Federal e de outras forças de investigação na fronteira entre Brasil e Paraguai. Yago foi preso em um dos batalhões do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), no município de Dourados.
No último dia 30, agentes da Polícia Federal realizou uma operação para pender o megatraficante e seus seguranças, mas Antônio Joaquim Mota fugiu de helicóptero em uma de suas fazendas, antes da chegada da polícia no local. Os investigadores suspeitam que autoridades paraguaias possam ter vazados informações da operação.
Segundo um dos investigadores, relataram a reportagem que o policial preso na operação, é suspeito de compor um grupo paramilitar, conhecido na região como “milicia na fronteira”, com mercenários estrangeiros na Itália, Romênia de Grécia que combateram contra os Piratas da Somália, na guerra da Ucrânia e em conflitos na Palestina. Esse grupo era segurança de Antônio Mota, e todo clã da família, tradicional na fronteira pelos crimes de contrabando.
Durante a prisão de Yago, foram encontrados uma pistola 9mm, carregadores para armas e 60 munições especificas para fuzil.
Segundo apurado pelo Portal G1, Ygor foi exonerado do “DOF” por “inconveniência de permanência”. Após ser preso, o policial foi encaminhado para o presídio militar, onde segue preso.
A reportagem do Portal O Estado Online entrou em conato com da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que retornou relatando que é responsabilidade da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Entramos também em contato com a pasta que preferiu não se manifestar.
“Dom Carlone” na fronteira
Antônio Mota é um dos cinco integrantes da força paramilitar, entre eles contam com três estrangeiros. O megatraficante fugiu de helicóptero em sua fazenda, localizada entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. As linhas de investigações, a fuga de Dom foi por conta de vazamento de informações.
Durante a operação, foram expedidos pela Justiça Federal 1 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Dos 12 mandados de prisão, 9 eram para brasileiros e seis foram cumpridos. Todos de integrantes da força paramilitar do grupo de Mota eram alvos na operação. Seis foram presos, entre eles, o policial militar.
Antônio Mota está na lista de Difusão Vermelha da Interpol e agora os outros cinco também devem ser inclusos na lista dos mais procurados internacionalmente.
A operação da PF recebeu o nome de Magnus Dominus – “o todo poderoso” em latim, faz alusão ao líder do grupo criminoso, um verdadeiro arsenal, com cerca de 14 armas, entre elas 4 pistolas, 3 revólveres e 3 fuzis, além de 40 caixas de munição, seis granadas e colete balístico.
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