Confira a coluna “Segredos de Estado”

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Escolhendo adversário

O primeiro passo para se conseguir uma vitória é escolher o adversário mais fraco e isso muitos políticos são especialistas em fazer quando estão no poder. Com advento das pesquisas eleitorais e da profissionalização das campanhas eleitorais, são muitos os casos em que quem estava no poder interferiu na escolha dos candidatos de oposição. Um dos exemplos disso foi na eleição de 2008, quando o MDB, de acordo com a lenda, teria influenciado na troca de Pedro Kemp, por Pedro Teruel como candidato a prefeito de Campo Grande, o que facilitou à reeleição de Nelsinho Trad.

Já na eleição de 2012, quando não conseguiu impedir as candidaturas de Reinaldo Azambuja e de Alcides Bernal, o MDB acabou não elegendo Edson Giroto. Situação semelhante foi vivida por Delcídio Amaral, quando em 2014 não conseguiu formar a aliança com o PSDB, que acabou lançando Reinaldo Azambuja e venceu a eleição para o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, apesar do favoritismo de então senador petista. Para a disputa de 2024, o PSDB vem tentando eliminar todos os nomes potencialmente fortes para facilitar a vida do deputado, Beto Pereira.

Recuo

O senador, Nelsinho Trad (PSD), e a senadora, Soraya Thronicke (União Brasil), já estariam com tudo definido para em 2026 não disputar a reeleição e desta vez tentar uma vaga na Câmara Federal. Nelsinho já tem acerto com o ex-governador, Reinaldo Azambuja e Soraya Thronicke torce para que Tereza Cristina confirme a candidatura do Governo do Estado.

Zeca pode desistir 

Dentro do PT, poucas pessoas acreditam que o deputado estadual, Zeca, vai levar a candidatura a prefeito de Campo grande até o fim. Dizem que ele estaria cumprindo missão de impedir que o partido tenha uma candidatura que possa atrapalhar o projeto eleitoral de Beto Pereira.

Água e vinho 

Dizem que uma ideia de lançar uma chapa com Zeca do PT e Rose Modesto até chegou a ser ventilada nos bastidores, mas as dificuldades a serem superadas foram tantas que logo mudaram de assunto na reunião do PT. É água e vinho disse um dos interlocutores.

PL

O ex-deputado estadual e ex-candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Capitão Contar, já estaria com tudo acertado para assinar ficha de filiação no PL, agora que o partido está sob o comando de Marcos Pollon. Ele também deve desistir do projeto de concorrer à Prefeitura da Capital.

Separados

Aos poucos, o PSDB e o PP começam a caminhar separadamente e dependendo do resultado da eleição do próximo ano, estarão totalmente separados em 2026. O ex-governador e presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja, já anunciou que nos dois principais colégios eleitorais do Estado (Campo Grande e Dourados) devem ser adversários.

Cerco

Em reunião que teve até a presença do marqueteiro do PSDB, o deputado federal e pré-candidato do partido recebeu um grupo de vereadores da Capital, que teriam assegurado apoio e devem trabalhar para atrair os que ainda não estão apoiando o projeto tucano de conquistar a Prefeitura de Campo Grande.

Meninos, eu vi 

O deputado federal, Flávio Derzi, conversava animadamente com o deputado estadual, Londres Machado e percebendo a presença de jornalistas começou a provocar a curiosidade destes. Ele passou a falar em traição e citou o nome do ex-prefeito de Dourados, Zé Elias Moreira, dizendo que ambos deveriam trair o político de Dourados que era candidato a governador.

– A gente tem que trair ele na campanha, pois se ele ganhar aí será que vai trair a gente.

Por Laureano Secundo.

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