Tebet defende proposta que olhe para Estados menos desenvolvidos
Durante sua participação, na manhã do último sábado (17), da plenária presencial do PPA (Plano Plurianual) Participativo, em Campo Grande, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, voltou a reforçar a necessidade de reforma tributária para que o Brasil consiga alcançar o desenvolvimento sustentável e consiga superar o 1% de crescimento anual. Segundo ela, a medida vai trazer benefícios para os Estados menos desenvolvidos.
“Eu quero, para Mato Grosso do Sul, os projetos que são prioritários e que a população entenda que são necessários. É obvio que isso passa por coisas básicas, como educação, proteção à infância, à juventude, uma velhice assistida a uma política de desenvolvimento, que faça o Brasil crescer de forma sustentável. A gente parar de ter voo de galinha, em que, em 40 anos, quatro décadas, o Brasil não cresce. Ele cresce a uma média de 1% ao ano, então, precisamos não só do arcabouço fiscal, com uma política fiscal responsável para mostrar que nós sabemos honrar compromissos, sem problemas de segurança jurídica imprevisibilidade, não vamos deixar a dívida pública extrapolar os limites possíveis de pagamento. Mas, ao mesmo tempo, precisamos da reforma tributária, que olhe efetivamente para os Estados menos desenvolvidos como os do Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, pontuou.
Para a ministra, a reforma tributária pode ser considerada como a “bala de prata” para o país, uma vez que, por meio dela, será possível ampliar os ganhos reais, além de investimentos que contribuirão para consolidar novas oportunidades de emprego e geração de renda.
“A reforma tributária é a única bala de prata que temos para fazer com que o Brasil volte a ter uma indústria forte. Pois, quando falamos de comércio, do agronegócio, ela é importante. Não podemos viver só de commodities e das condições climáticas, da tecnologia e da força da mão de obra do agronegócio brasileiro, do homem do campo. Precisamos fazer com que esse produto seja elaborado no Brasil e que o alimento fique para alimentar o povo brasileiro, mas que essa matéria-prima seja elaborada, pois, por meio da indústria, ela gera oportunidades no mercado de trabalho, com carteira assinada e renda. É isso que faz a economia girar. A reforma tributaria é a ‘bala de prata’ inclusive para Mato Grosso do Sul. O projeto está começando agora, mas, no Senado, teremos seis meses para trabalhar os questionamentos, ninguém vai perder. A reforma tributária aprovada faz com que a partir de 2025-2026 o Brasil possa crescer mais 1%, ou seja, sozinha, a tributária dobra o PIB do Brasil. Isso significa que dobra não só as riquezas, mas a arrecadação do governo federal sem aumentar os impostos”, pontuou.
No evento, o governador Eduardo Riedel voltou a reafirmar sua posição favorável para a aprovação da reforma tributária. Ele ainda confirmou que terá uma reunião, nesta segunda-feira (19), com a bancada federal para defender os interesses do Estado, na PEC “Elenquei cinco pontos de atenção para a bancada atuar, da maneira que se proteja dentro do texto da PEC, em mecanismo do relatório final, ouvindo todos os setores da economia, a arrecadação de Mato Grosso do Sul. Nos últimos 20 anos, o Estado cresceu, na sua arrecadação, 6% acima do IPCA. Isso fez com que nos tornássemos um Estado capaz de investir. Agora, não podemos ser egoístas, temos que pensar no Brasil. Priorizo esse desenvolvimento do crescimento brasileiro, resguardando a capacidade de o Estado de se manter viável”, concluiu.
Escrita por: Michelly Perez e João Gabriel Vilalba
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