Os bastidores políticos em Campo Grande já estão em ebulição, com os pré-candidatos à prefeitura e seus partidos delineando estratégias para as eleições municipais, que estão próximas. À medida que o segundo semestre se aproxima, as articulações políticas prometem se intensificar, uma vez que os diretórios municipais estão escolhendo os nomes que estarão no comando, há alianças e figuras políticas já expondo seus interesses.
Entre os possíveis candidatos, alguns nomes já se destacam na corrida eleitoral. A atual prefeita Adriane Lopes, do PP (partido Progressistas), demonstra interesse em buscar a reeleição, respaldada por seu trabalho à frente da administração municipal e sob controle da máquina pública. Além disso, a mudança de partido e apoio da senadora Tereza Cristina (PP) podem dar um tom a mais em sua futura campanha. Tereza Cristina é nome de peso na política e foi, inclusive, fundamental para a eleição do governador Eduardo Riedel (PSDB), no segundo turno das eleições de 2022. Ela esteve na linha de frente e convenceu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a gravar vídeo se mantendo neutro, naquela ocasião.
Neste contexto, Adriane Lopes pode ter uma certa vantagem na disputa pela prefeitura. Porém, sua gestão e entregas para a cidade serão fundamentais para ter validação da população campo-grandense, que é exigente e faz críticas duras quando se trata de temas como saúde, infraestrutura e buracos nas vias .
Já o deputado Beto Pereira,do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), busca consolidar seu projeto político no ninho tucano, com a intenção de conquistar a cadeira de prefeito. Para ele, o “partido não pode se furtar de ter esse debate” e, por isso, seu projeto está sendo construído para em breve ser apresentado.
Pelo MDB, o ex-governador André Puccinelli é nome unânime no partido. Como pré-candidato, ele defende alianças e se empolga com a parceria firmada com o PSDB. Puccinelli quer compor, em Campo Grande, mas ainda trabalha para definir quem sai a vice e quem sai na cabeça de chapa.
Pelo MDB, o ex-governador André Puccinelli é nome unânime no partido. Como pré-candidato, ele defende alianças e se empolga com a parceria firmada com o PSDB. Puccinelli quer compor, em Campo Grande, mas ainda trabalha para definir quem sai a vice e quem sai na cabeça de chapa.
A esquerda também marca presença com o nome do deputado Zeca do PT, figura política tradicional e alinhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Zeca, inclusive, disse, ao jornal O Estado, que não deseja passar pelas tradicionais prévias do PT. Ele tem certeza de que sua pré-candidatura é a ideal para a legenda e para a Capital. Zeca defende transferência de renda, capacitação de jovens e ampliação de programas sociais.
Além disso, há também a formação de alianças com representantes bolsonaristas. Os deputados Marcos Pollon, do PL (Partido Liberal) e Capitão Contar, do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), visam agregar apoio e representar o campo alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, as perspectivas para a unificação da direita são incertas, devido ao alto número de candidatos que transitam entre a extrema-direita e a centro-direita. Essa fragmentação pode enfraquecer o campo conservador e favorecer a concorrência entre seus representantes. Por outro lado, o campo progressista pode enfrentar certa dificuldade, já que Campo Grande possui um eleitorado majoritariamente conservador.
Com uma agenda política movimentada no segundo semestre, as negociações, alianças e estratégias entre os pré-candidatos prometem aquecer ainda mais o cenário político, em Campo Grande. A disputa eleitoral será marcada por propostas, debates e o desafio de conquistar a confiança do eleitorado, em uma cidade que representa um mosaico de opiniões e preferências políticas.
As eleições municipais de Campo Grande serão um importante termômetro para a definição do futuro político, em 2026 e para o alinhamento das forças políticas, em âmbito local.
POR: Rayane Santa Cruz
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