Analfabetismo cai em MS, mas continua mais alto entre idosos, negros e pardos

Juntos Pela Escola
Foto: Marcos Maluf

O IBGE divulgou nesta semana a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022), com o tema Educação. O levantamento, por meio do questionário básico, traz informações sobre as características básicas de educação para as pessoas de 5 anos ou mais de idade.

Em Mato Grosso do Sul, havia 85 mil pessoas com 15 anos ou mais analfabetas em 2022, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 4,0%. Entre as Unidades da Federação (UFs), o estado tem a 8ª menor taxa, sendo o Distrito Federal com a menor taxa (1,9%), e o Piauí com a maior (14,8%).

Em relação a 2019, houve uma redução de 0,6 ponto percentual (p.p.) dessa taxa em MS, o que corresponde a uma queda de cerca de 10 mil analfabetos em 2022.

Nota-se que o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2022, eram 50 mil analfabetos com 60 anos ou mais em MS, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 13,7% para esse grupo etário.

Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se queda no analfabetismo: para 7,3% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 4,8% entre aquelas com 25 anos ou mais e 4,0% entre a população de 15 anos ou mais. Esses resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças. Por outro lado, os analfabetos continuam concentrados entre os mais velhos.

A taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais, em 2022, foi de 3,9%, enquanto a dos homens foi de 4,1%. Em relação a 2019, a variação dessa taxa foi de 0,7 p.p. para as mulheres e 0,4 p.p. para os homens. Para a faixa
etária mais velha, nota-se que a taxa das mulheres foi superior à dos homens, alcançando 14,0% em 2022.

Análise por cor ou raça

Em 2022, 3,2% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 4,7% entre pessoas de cor preta ou parda. No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcançou 9,5% e, entre as pessoas pretas ou pardas, chegou a 17,9%. Neste grupo etário, comparando se os dados de 2022 com 2019, nota-se uma queda de 3,2 p.p. para as pessoas pretas e pardas.

Em Mato Grosso do Sul, a taxa de escolarização entre as crianças de 0 a 5 anos ficou em 53,7%. Com isso, no ranking entre as UFs, MS ficou na décima primeira posição, sendo as três maiores taxas ficando com São Paulo (66,1%), Santa Catarina (64,3%) e Rio de Janeiro (58,2%) e, a menor taxa, ficou com o Amapá (28,6%).

Na faixa etária mais velha da educação infantil, de 4 a 5 anos, MS figurou a vigésima posição entre as UFs, com 88,7%. Destaca-se a queda dessa taxa entre 2019 e 2022 em vinte e uma UFs, sendo que em MS, a queda foi de 1,1%.

Um dado que pode ser destacado nessa faixa etária, é a taxa de escolarização por cor e raça, pois é nessa faixa que apresenta maior disparidade. Enquanto a taxa entre crianças brancas é de 92,2%, a taxa de escolarização entre as
crianças pretas e pardas fica em 85,0%.

53,3% da população de MS completou a educação básica

O nível de instrução é o indicador que capta o nível educacional alcançado por cada pessoa, independentemente da duração dos cursos por ela frequentados. Como as trajetórias educacionais das pessoas variam ao longo da vida, esse indicador é mais bem avaliado entre aquelas pessoas que já poderiam ter concluído o seu processo regular de escolarização, em geral, em torno dos 25 anos.

Em Mato Grosso do sul, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram a educação básica obrigatória – ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio – manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 53,3% em 2022.

Entre aqueles que não completaram a educação básica, 4,8% eram sem instrução, 28,8% tinham o ensino fundamental incompleto, 7,6% tinham o ensino fundamental completo e 5,4%, o ensino médio incompleto. Na série temporal, embora os números de pessoas sem instrução (83 mil) tenham apresentado queda de 11,7% na comparação com 2016 (94 mil), houve aumento de 10,6% na comparação com 2019 (75 mil).

Número de pessoas com nível superior completo no estado cresce 60% em relação a 2016

Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino superior completo, que subiu 60,7% em 2022 (365 mil), na comparação com 2016 (227 mil). Em percentuais, 14,5% da população de MS tinha nível superior em 2016. O número
aumenta para 21,2% em 2022.

Número de mulheres com nível superior é 50% maior que o de homens e de pessoas brancas é 59% maior que o de pretas e pardas Em 2022, 24,8% (219mil pessoas) das mulheres sul-mato-grossenses tinham o ensino superior completo e, para os homens, esse valor era de 17,4% (146mil pessoas).

Na distribuição por cor ou raça, o percentual de pessoas com nível superior completo era maior na população branca (29,9%) do que entre a população preta ou parda (14,3%). Em números absolutos, das 729 mil pessoas brancas, 218 mil tinham nível superior. Já, das 956 mil pessoas pretas ou pardas de MS, 137 mil tinham nível superior.

Média de anos de estudo é maior entre a população branca e entre mulheres

No Brasil, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2022, foi de 9,9 anos, enquanto para Mato Grosso do Sul a média foi de 10,1.

No estado de MS, entre as mulheres, o número médio de anos de estudo foi de 10,4 anos, enquanto para os homens, 9,8 anos.

Com relação à cor ou raça, mais uma vez, a diferença foi considerável, registrando-se 11 anos de estudo para as pessoas de cor branca e 9,4 anos para as de cor preta ou parda, ou seja, uma diferença de 1,7 anos entre esses grupos.

Sobe o número de pessoas estudando e trabalhando em MS e cai o dos que não estudam e nem trabalham

No estado, em 2019 havia 105 mil pessoas de 15 a 29 anos estudando e trabalhando. O número sobe para 109 mil em 2022. Com 17,2% da população nesta faixa etária estudando e trabalhando, o estado tem a 9ª maior porcentagem
entre as UFs. SC é a primeira, com 22,5%, seguida pelo DF, com 21,5%. O menor percentual foi obtido no Acre (9,4%).

Entre as pessoas ocupadas, mas não estudando, os números eram 286 mil em 2019, passando a 277 mil em 2022.

Entre os que frequentavam escola, mas não estavam trabalhando, os números são 146 mil (2019) e 143 mil (2022). Queda maior foi detectada entre os que não estavam ocupados e nem estudando. Em 2019, estes eram 124 mil. Em
2022, o número passou para 101 mil. Acesse também: Justiça determina retomada dos atendimentos do Imol na Casa da Mulher e Cepol

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