Rio Grande do Sul registra primeiro foco de influenza aviária em aves silvestres

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Foto: Reprodução UNsplash

Foi confirmado na noite de ontem (29) pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) o primeiro foco de IAAP (influenza aviária de alta patogenicidade) ou H5N1, no estado do Rio Grande do Sul. O vírus foi confirmado na ave da espécie  Cygnus melancoryphus (nome popular cisne-de-pescoço-preto), encontrada na Estação Ecológica do Taim, sul do Estado.

O local já foi fechado para visitação. Outros dois casos em aves silvestres também foram confirmados: um Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) na Ilha do Governador, na capital do Rio de Janeiro, e um Sterna hirundo (nome popular Trinta-réis-boreal), no município de Piúma no Espírito Santo.

Com o caso no Rio Grande do Sul, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil: foram registrados nove no Espírito Santo (Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma) e três no estado do Rio de Janeiro (São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador).

A doença já foi identificada ao todo em seis espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto).

É importante lembrar que doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Deste modo, pedimos para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.

O Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de influenza aviária, exportando seus produtos para consumo de forma segura. O consumo de carne e ovos se mantém seguro no país.

Decreto de emergência

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, devido a detecção de infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), ou H5N1, em aves silvestres no Brasil.

A portaria, vale por 180 dias e tem o objetivo de evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, e preservar a fauna e a saúde humana. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, explicou que a declaração de emergência possibilita a mobilização de verbas pela União.

“[…] e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. Todos esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”.

Emergência zoossanitária

O estado de emergência zoossanitária pode ser declarado quando há risco de uma doença de origem animal se propagar rapidamente, e serve para antecipar a possibilidade de um surto ou epidemia. Cabe destacar que, como não existem casos positivos na produção comercial e de consumo humano, frangos e ovos disponíveis nos supermercados não foram impactados.

O vírus

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus, e que pode afetar a saúde de aves domésticas e silvestres. Não há risco de contaminação pelo consumo da carne ou de ovos.

A doença é transmitida de animal para animal, de forma semelhante à gripe que acomete seres humanos, transmitida de pessoa para pessoa. O animal infectado transmite para o outro através de secreções que a infecção causa.

Entretanto, a gripe aviária tem como característica a circulação entre aves. Algumas vezes, essa infecção pode acometer um ser humano ou outro mamífero, tornando a doença mais preocupante, uma vez que isso significa que houve uma mutação no vírus que permitiu a infecção de outra espécie.

Prevenção

As aves infectadas eliminam o vírus através da mucosa respiratória e fezes. As melhores formas de prevenir são a realização de controle adequado nos abatedouros de aves, atenção aos cuidados de higiene e a animais doentes nos mesmos locais onde há criação de aves domésticas; evitar contato desprotegido com aves doentes ou que tenham ido a óbito; uso de equipamento de proteção adequado e higienização frequente das mãos e evitar, se possível, contato com aves silvestres.

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