Bairros de Campo Grande enfrentam risco de infestação do Aedes Aegypti

dengue
Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

Um levantamento realizado neste mês de maio pela Coordenadoria de Controle de Endemias vetoriais (CCEV) da Secretária Municipal de Saúde (SESAU) revelou que oito bairros de Campo Grande estão em situação de alerta. Os dados foram obtidos entre os dias 8 e 16 de maio deste ano. A capital também registrou 10.314 notificações de dengue, com dois óbitos. No mesmo período, foi confirmado um caso de zika e seis de chikungunya.

Conforme o levantamento, as áreas mais criticas são a USF Iracy Coelho, UBS Coophavilla e UBS 26 de Agosto, todas com um índice de Infestação Predial (ipp) superior a 5%. A porcentagem é considerada crítica quando ultrapassa 3,9%. Além disso, outros 38 bairros estão em situação de alerta, com índices alarmantes, uma vez que 80% dos focos dos mosquitos são encontrados dentro das residências. Os dados referente a pesquisa, podem ser conferidos pelo Site Oficial da Prefeitura de Campo Grande.

Veruska Lahdo, superintendente de Vigilância em Saúde, destaca a importância da conscientização e do engajamento da população diante desses índices alarmantes, uma vez que 80% dos focos do mosquito são encontrados dentro das residências.

Ela ressalta que a maioria dos focos do mosquito está dentro de casa. Eles podem ser encostrados em vasos de plantas, calhas entupidas e materiais inservíveis jogados no quintal. A superintendente afirma que é preciso se alertar a estes casos para se conscientizar referente a estas infestações.

Os principais focos do Aegypti são encontrados em pequenos depósitos de água como garrafas, vasos de planta, embalagens de plástico e entre outros.

As ações de combate à proliferação do mosquito estão sendo intensificadas nos bairros com maiores índices de infestação, além de serem realizadas de forma rotineira em outras regiões.

A superintendente afirma que a equipe está empenhada diariamente em realizar ações de rotina e mutirões com objetivo de reduzir os índices de proliferação e, constantemente, de notificações de doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, zika e chikungunya.

No final do ano passado, o município de campo grande iniciou a campanha “Mosquito Zero”, que se estendeu até março deste ano. Durante a campanha, mais de 55,3 mil imoveis foram inspecionados nas sete regiões urbanas, com a participação de cerca de 300 agentes da coordenadoria de controle de endemias vetoriais da secretaria municipal de saúde. Foram eliminados aproximadamente 36 mil depósitos e 26 mil focos de dengue.

Neste mês, a prefeitura de Campo Grande lançou uma campanha educativa nas redes sociais, sites, emissoras de rádio e TV, para sensibilizar e reforçar a importância das medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti.

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