Confira a coluna Conectado de Bosco Martins

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Obrigado, Rita

De “Build Up”, de 1970, a “Reza”, de 2012, Rita Lee Jones gravou discos memoráveis, mas 11 deles são fundamentais para compreender a dimensão de seu talento. Também não foram poucas as imagens marcantes da artista. Ela, que foi expoente de muitas lutas das mulheres, sempre conseguiu se manter independente e rebelde. Sem jamais perder a doçura.

O Brasil fica mais pobre ao perder uma mulher como Rita. O Brasil ficou mais careta, mais ranzinza, mais triste sem a rainha do rock. A coluna cONectado e seus leitores se despedem dela com um: Obrigado, Rita!

Bullying

Para evitar a evasão escolar causada pelo bullying, o governo de Mato Grosso do Sul anunciou uma medida polêmica: cirurgias plásticas para estudantes de escolas públicas ou privadas que sofram algum tipo de constrangimento. Entre os possíveis procedimentos estão rinoplastia, redução de mamas, otoplastia, estrabismo e correção de cicatrizes.

Em 2022, o Estado registrou 142 casos de afastamento de alunos das salas de aula. Pesquisa do IBGE, divulgada no ano passado, indicou que 40% dos estudantes brasileiros admitiram ter sofrido provocação ou intimidação na escola.

Paz no campo

Após reunião com o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, com a participação do secretário de Governo, Eduardo Rocha (MDB), deputado Vander Loubet (PT) e Pedro Pedrossian Neto (PSD), o ex-governador e deputado Zeca do PT garantiu terem discutido proposta, segundo ele: “Para colocar fim ao problema secular de conflitos agrários entre índigenas e fazendeiros”.

De posse da proposta, ele rumou a Brasília bastante otimista para, junto com o deputado Vander Loubet, se reunir com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.

“Nosso objetivo é muito claro: colocar em prática uma proposta concreta que seja capaz de atender à demanda dos povos indígenas do nosso Estado, particularmente os terena e os guarani-kaiowá. Ao mesmo tempo, atender aos interesses daqueles que ocupam as terras, eventualmente ditas como terras indígenas, mas que são proprietários de boa-fé, que adquiriram as terras e estão há dezenas – alguns há mais de 100 anos – fazendo investimentos nessas propriedades”, afirmou Zeca do PT, empolgado e querendo fazer com que a proposta chegasse, o mais breve possível, às mãos do presidente Lula.

A torcida para que a reunião surta efeitos positivos é grande, de ambos os lados.

Arcabouço

…Por falar em Simone Tebet, a ministra do Planejamento e Orçamento declarou que o governo pode acatar as sugestões do relator na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA), sobre o arcabouço fiscal, se o deputado não alterar a “espinha dorsal” da proposta. “Nós chegamos a discutir se incluíamos ou não o piso de enfermagem dentro dos limites dos gastos, o mesmo em relação às estatais não dependentes”, disse.

“Aquilo que for decisão do Congresso Nacional, desde que se preserve a espinha dorsal, em termos de meta, eu acredito que vai ser acatado pelo governo federal”, explicou Tebet a jornalistas, no Senado. A ministra defendeu a meta fiscal e o controle da dívida em relação ao PIB como principal ponto do texto.

Articulação

…E para enfrentar a crise na articulação política com o Congresso, o presidente Lula determinou a realização de reuniões com os partidos que estão à frente dos ministérios, como afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os primeiros encontros para cobrar fidelidade serão com PSB e PSD e, em seguida, com MDB e União Brasil. Alvo de críticas, Padilha disse que não é “marinheiro de primeira viagem” e minimizou os rumores de que Lula entrará de forma direta na articulação, afirmando que ele já atua desde o início e que vai participar quando for preciso.

Reeleição

Em meio a desgastes com a Câmara, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que não vai buscar “protagonismo” em detrimento da estabilidade institucional. “Temos que contribuir para que esse governo dê certo”, disse, defendendo também o fim da reeleição. “Não foi algo positivo para o país. Nenhum país aguenta, de dois em dois anos, um processo eleitoral.”

Bate-boca

…E mais uma audiência pública, no Senado, foi palco de bate-boca. Dessa vez, na Comissão de Segurança Pública. “Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores. O senhor conhece? Capitão América, Homem-Aranha?”, ironizou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, ao responder ao senador Marcos do Val (Podemos-ES), que o acusou de omissão nos atos golpistas em 8 de janeiro e pediu seu afastamento. Ex-militar, do Val afirma ter treinado agentes da Swat, Nasa, FBI e Navy Seals. Dino também teve um embate com o senador Sergio Moro (União-PR), que reclamou por o ministro debochar dos colegas.

“Eu fui juiz e nunca fiz conluio com o Ministério Público, eu nunca tive sentença anulada. Por ter sido um juiz honesto, por ter sido um governador honesto é que eu não admito que ninguém diga, que ninguém venha dizer, que tenho de ser preso. Isso é desrespeito. Quem tem honra age assim”, afirmou.

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Por Bosco Martins

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