A Câmara Municipal de Campo Grande vai integrar, em parceria com outras instituições, a a Frente de Prevenção à Violência Contra a Criança e o Adolescente. O grupo busca ampliar os mecanismos de defesa dos direitos da criança e do adolescente na Capital. Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (03), ficou definida ainda a confecção de um Termo de Cooperação entre as entidades para solidificar ações de apoio aos jovens.
“A Câmara tem cumprido à risca as deliberações de nossa audiência. Umas delas, é capacitar profissionais de várias áreas para que eles possam detectar eventuais riscos de violência contra as crianças e os adolescentes. Uma união de esforços que busca essa capacitação para melhorar essa rede de proteção”, disse o vereador Coronel Villasanti, presidente da Comissão Permanente de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente.
No dia 15 de fevereiro, uma audiência pública promovida pela Comissão elencou 10 providências para aperfeiçoar essa rede de assistência. À época, o debate sobre o tema veio à tona depois da morte da menina Sophia, aos 2 anos, no dia 26 de janeiro, depois de sofrer várias agressões.
“Hoje, foi muito importante contar com o peso da Câmara, que vai fazer a diferença. Precisamos muito dessa ajuda. Vamos trabalhar com capacitação, de diretores e equipe técnica a princípio, e depois com palestras. Os especialistas vão às escolas fazer o acolhimento e a parte informativa para que as crianças saibam como e onde pedir ajuda”, explicou Monica Cristina Silvano, da Superintendência de Gestão e Normas da Semed (Secretaria Municipal de Educação).
Segundo a coordenadora de apoio às articulações Interinstitucionais da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Doemia Ignes Ceni, somente com a prevenção será possível diminuir os índices de violência contra as crianças e os adolescentes.
“Esse é um projeto de parcerias entre as instituições. Cada um vai elencar qual vai ser sua contribuição nesse projeto. A maior parte da violência sofrida pelas crianças é dentro da família. É na escola que isso emerge. Vamos levar de uma forma lúdica para que as crianças entendam o que está acontecendo e como elas podem falar. É uma parceria muito importante, pois precisamos chegar antes que a violência aconteça”, finalizou.
A ação faz parte de um projeto piloto que será desenvolvido pelas instituições em todo o Estado, iniciando por Campo Grande. Também integram o grupo a Polícia Civil e a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil).
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