Os três melhores espetáculos da categoria “Rua”, “Infantil” e “Adulto” ganharam R$ 4 mil e um troféu, após passarem por avaliação do júri formado por Ataíde Arcoverde, Roma Román, Beth Terras e Marcílio Caetano, no 2º Prêmio Campo Grande ao Teatro, realizado no teatro Glauce Rocha. A Cia. Camisa 10 recebeu o prêmio de “Melhor Espetáculo de Rua”, pelo trabalho “O que os Olhos Veem o Coração Sente?”. Na categoria “Melhor Espetáculo Infantil” foi contemplada a peça “Navegantes”, do grupo Deslimites e, por fim, na categoria “Melhor Espetáculo Adulto” recebeu o primeiro lugar a produção “Uma Moça da Cidade”, do grupo UBU Artes Cênicas. Além dos espetáculos, diversos artistas foram premiados nas categorias “Melhor Ator”,“Atriz”, “Texto Original”, “Cenografia”, “Figurino”, “Maquiagem”, “Iluminação”, “Melhor Sonoplastia” e “Direção”. No evento, também foram homenageados os artistas Beth Terras, Roberto Figueiredo e Roma Román, pelo importante papel na construção da arte teatral, em Mato Grosso do Sul.
Apresentado pelo idealizador do Prêmio, o iluminador, diretor e ator Espedito di Montebranco, o evento, realizado na noite de quinta-feira (26), contou com a presença do público, representantes dos grupos participantes e de apoiadores do projeto. O primeiro troféu foi entregue por Espedito à equipe da empresa Vaca Azul, de Helton Perez e Hanna Chaves, em reconhecimento ao trabalho dedicado por anos no registro artístico, no Estado.
Realizada pela Associação Artística Cultural Palco de Artes Cênicas, a premiação tem investimento do Fomteatro (Programa de Fomento ao Teatro), Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e PMCG (Prefeitura Municipal de Campo Grande), e apoio da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Resultado
Os homenageados e convidados Beth Terras, Roberto Figueiredo, Roma Román, Marcilio Caetano e Ataíde Arcoverde receberam os troféus do pró-reitor de Cultura, Extensão e Esportes da UFMS, professor Marcelo Fernandes.
A Cia. Camisa 10 recebeu o prêmio de “Melhor Espetáculo de Rua”, pela peça “O que os Olhos Veem o Coração Sente?”, dirigida por Alexandre Mello, que também é ator e foi vencedor na categoria “Melhor Diretor”. Para ele, a conquista é sinal de reconhecimento.
“Receber o prêmio de ‘Melhor Espetáculo’ é um grande reconhecimento para qualquer diretor, principalmente para um iniciante como eu, a expectativa e alegria de poder concorrer com grandes nomes e sair vitorioso é indescritível. Essa conquista faz parte de muito estudo e dedicação, não digo só meu, mas de toda a equipe, se o coletivo não está em sintonia o resultado provavelmente não seria positivo”.
Na categoria “Melhor Espetáculo Infantil”, o vencedor foi o grupo Deslimites, com a peça “Navegantes”, sob direção de Lú Bigatão, que recebeu o prêmio de “Melhor Direção”.
“Ficamos muito felizes. Fazer teatro é uma tarefa árdua, então é um incentivo para seguirmos em frente. É um reconhecimento do nosso trabalho, desejamos vida longa a esse espetáculo. Mais do que a concorrência, é interessante a confraternização com a classe teatral, pois, nessa premiação, encontramos muitos amigos de trabalho”, ressaltou a diretora do grupo, que também foi premiado na categoria “Melhor Iluminação” e “Melhor Sonoplastia”.
E quem recebeu o prêmio de “Melhor Espetáculo Adulto” foi a produção “Uma Moça da Cidade”, do grupo UBU Artes Cênicas, que também foi premiado como “Melhor Direção”, “Figurino”, “Texto Original” e “Maquiagem”, dirigido por Anderson Bosh.
O diretor comenta que a participação no prêmio oportunizou aos artistas um diálogo com os colegas de profissão. “Para nós (grupo UBU), participar do prêmio foi uma oportunidade de troca, de olho no olho, ediálogo com os colegas, e também de validação do nosso esforço contínuo pela qualidade dos trabalhos, por meio dos vários prêmios que recebemos, entre eles, esse, como ‘Melhor Espetáculo para Adultos’”.
Cada representante, dos 10 espetáculos que se apresentaram no prêmio, também recebeu troféus, entregues por um dos homenageados, Roberto Figueiredo. O grupo teatral Imaginário Maracangalha recebeu os prêmios de “Melhor Texto Original” e “Cenografia”. O júri ainda concedeu cinco destaques para Kelly Figueiredo e Leonardo de Castro, do grupo Casa; Fábio Umeda, do grupo Deslimites; Fernando Cruz, do grupo Maracangalha e Edner Gustavo, integrante dos grupos UBU e Fulano Di Tal.
Uma das homenageadas, a atriz e diretora Beth Terras, que estava no júri, disse que participar do prêmio foi gratificante e espera que aconteçam mais eventos da categoria.
“Além de ser homenageada, estar como avaliadora entre feras como Ataíde Arcoverde, Roma e Marcilio, foi uma experiência ímpar. Quero agradecer, de coração, ao Espedito, por ter nos homenageado, enquanto estamos vivos, para podermos degustar do que somos enquanto artistas e do nosso fazer teatral. Que venham mais e mais eventos como este, pois é sempre um desafio tentar agradar a todos”.
Diretamente de Nova Andradina, o ator, diretor e produtor cultural, Marcilio Caetano também esteve na banca avaliadora e definiu a experiência na premiação como “maravilhosa”. “Estar aqui, em Campo Grande, no 2° Prêmio Campo Grande ao Teatro, prestigiando, acompanhando, dialogando, trocando experiências, aprendendo com grandes artistas da Capital, do nosso Estado e de outros lugares do Brasil foi maravilhoso, principalmente por estar ao lado de grandes amigos e grandes artistas, feito Ataide Arcoverde, Beth Terras, Roberto Figueiredo, Roma Román, Espedito di Montebranco e tantos outros. Estes dias da premiação vão ficar marcados na minha vida e história.”
Ao fim da cerimônia de premiação, Espedito lembrou da importância do patrocinador do prêmio e mencionou os criadores da lei de incentivo do Fomteatro, são eles: Paulo Preché, Amirtes Menezes e Edson Profeta (in memoriam). Ele citou também a escolha do troféu entregue aos vencedores das categorias neste ano, um bugre de “Conceição dos Bugres”, que é, atualmente, confeccionado pelo neto da artista, Mariano Neto.
Por Livia Bezerra – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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