Parceria com PSDB envolve eleições de 2024 e com muito diálogo
Mesmo faltando três anos para as eleições federais, o nome do vice-governador Barbosinha (PP) já aparece nos bastidores da política e com indicativos de que sairá ao Senado, em 2026. Ao jornal O Estado, ele pontua que está focado na gestão, ao lado do governador Eduardo Riedel (PSDB), sendo demasiadamente cedo para tratar de eleições. Ainda assim, o político não descartou a possibilidade.
“Nesse momento, eu penso que o futuro é fruto do trabalho do presente e da preparação daquilo que iremos preparar, para o futuro. Não há colheita sem o bom plantio. Se nós anteciparmos 2024 para esse momento e, muito mais ainda, antecipar 2026 perderemos o foco naquilo que o Estado espera de nós.”
Apesar de estar focado no mandato, ele não descarta a possibilidade do Senado, no futuro.
“Eu acreditei na possibilidade de que nós poderíamos ganhar as eleições. Eu tinha uma construção de candidatura para deputado estadual, virei vice aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, quer dizer, não foi um ato preparado, aconteceu. Então, eu penso que, quando você trabalha e você realiza um bom trabalho, as coisas acontecem. Então, eu não descarto a possibilidade, mas também não posso dizer que sim, porque uma candidatura majoritária pressupõe uma série de circunstâncias e acontecimentos.”
Rumores super antecipados de bastidores cogitam até que o senador Nelsinho Trad, presidente do PSD-MS, estaria namorando parceria futura com o Progressistas, já pensando em 2026. No suposto projeto, Nelsinho migraria para o PP, se candidatando a deputado federal, abrindo mão da vaga, em prol de Barbosinha. Claro que Barbosinha não confirmou tamanha especulação, mas elogiou Trad.
“Não. Eu encontrei com o senador Nelsinho, mas foi rápido e não falamos sobre política. Mas, é um nome muito forte, é senador da República, foi prefeito da Capital e obviamente que deve ter o seu planejamento político. Mas nós não chegamos a dialogar acerca de eleições de 2024 e nem de 2026.
PP em 2024
O PP tem representantes no Senado, com a senadora Tereza Cristina; na Câmara Federal, com o deputado Dr. Luiz Ovando e na Assembleia Legislativa com o presidente, deputado Gerson Claro e Londres Machado. Por isso, nos bastidores, é dito que o partido se programa para lançar chapas majoritárias para disputar prefeituras em 2024, com risco de não fazer alianças com o PSDB, em algumas situações. Barbosinha foi questionado como ficará a situação em Campo Grande, já que o PSDB tem o deputado Beto Pereira como pré-candidato e atualmente é um aliado do Progressistas. Ele diz que é necessário diálogo e que o PP vai estudar as cidades que poderão ter disputa.
“Todos os partidos têm a intenção de ter protagonismo na disputa eleitoral. Obviamente, o PP não é diferente, mas é inegável a grande parceria e sintonia que temos com o PSDB.
Portanto, nós vamos dialogar e conversar. Em determinados locais, onde não seja possível uma conciliação, poderemos, eventualmente, ter alguma disputa, mas sempre dentro de um diálogo aberto e fraterno.
Há um diálogo muito grande, mas isso não significa que nós tenhamos obrigação disso.” Para o vice, em determinados locais, o PP será o protagonista e em outros, o PSDB. “Um vai ocupar o protagonismo e o outro será coadjuvante. E, numa parceria, ela pressupõe exatamente isso. Onde só um leva vantagem não é parceria, por isso a gente tem um diálogo muito forte, muito profundo com o PSDB”.
Dourados
Em Dourados, o vice-governador disputou a prefeitura em 2020, contra o atual prefeito, Alan Guedes, do PP.
Na época, Barbosinha era do extinto DEM e recebeu apoio do PSDB. Agora, estando no mesmo partido que Guedes, ele ainda acredita que há meios de melhorar a gestão. Barbosinha não fala em tentar disputar novamente a prefeitura e tece críticas ao prefeito.
“Sou vice-governador do Estado e o meu pensamento está voltado para o
Mato Grosso do Sul, mas não tenho dúvida nenhuma de que Dourados é tema de preocupação. É a minha cidade, onde eu resido, onde mora a minha família e nós temos que reconhecer que a gestão, em Dourados, não está atendendo aos interesses da população, não satisfaz, aquilo que era a expectativa, que levou à eleição do prefeito.”
Barbosinha diz que acompanha as articulações e vai tentar ajudar na “construção de um melhor projeto de candidatura, que represente o interesse da população de Dourados”.
Gestão
Barbosinha diz que o momento da gestão exige um diálogo direto e franco com o eleitor. Ele diz que em 100 dias não se resolve o problema de uma administração de uma gestão, mas cem dias é fundamental para o governo construir alicerces e mostrar os rumos e formação de equipe.
“E qual é o ritmo que o governo pretende dar ao Estado? Eu acho que esses cem dias foram fundamentais para preparar os alicerces e mostrar o rumo que o Estado quer seguir. Mostrar o trabalho na preparação do primeiro ano e dos três outros que se seguirão, nos quatro anos de mandato.”
Barbosinha diz que há contratos de programa, obras em andamento e outras sendo estruturadas. Segundo ele, a equipe de trabalho está montada, tendo bastante eficiência e sendo experiente.
Por Rayani Santa Cruz e Alberto Gonçalves– Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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