União
Apesar do “união” no nome, o partido da senadora Soraya Thronicke e da ex-deputada Rose Modesto protagoniza uma verdadeira guerra. Nesta sexta-feira (28) ou sábado (29), elas poderão estar frente a frente, se confirmada a eleição para escolha da nova executiva estadual do partido, em Mato Grosso do Sul, previamente agendada, antes de um problema de saúde da senadora, portanto, a confirmar. Nos bastidores, o clima é quente e o processo é marcado por uma briga interna e decisões judiciais e partidárias que podem consolidar uma nova direção executiva ou ampliar o imbróglio judicializado pelas duas lideranças. Rose acusa Soraya de inativar 17 nomes da executiva, incluindo o dela. A medida impossibilita seus partidários de participarem da eleição, por isso recorreram à Justiça, pedindo a ativação dos nomes. A executiva nacional do União Brasil anulou os atos praticados pela comissão executiva estadual recentemente e os próximos lances estão ainda em suspense. O União Brasil é a sigla que recebeu a maior fatia do fundo partidário, em 2022. Dos quase R$ 5 bilhões, R$ 758 milhões foram para o União Brasil. Aqui em Mato Grosso do Sul, Rose recebeu mais de R$ 6 milhões para sua campanha, ao governo de Estado.
Festa
…E enquanto o União Brasil briga, o PSB comemora. No mês de maio, quem marcará presença no MS será o vice-presidente do Brasil, principal liderança do PSB (Partido Socialista Brasileiro). Com a data e horário ainda a confirmar, o médico e ex-governador paulista Geraldo Alckmin virá acompanhado do presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, para participar da grande festa “de dupla comemoração” da posse do novo presidente, o quase deputado estadual Paulo Duarte! O ex-prefeito de Corumbá, retornará à Assembleia na vaga que deve ser aberta por Rafael Tavares (PRTB), derrotado em todas as instâncias, em sua tentativa de se manter no cargo! Atual presidente, Ricardo Ayache confirma que vai se dedicar à direção da Cassems: “Vou me dedicar a cuidar da Cassems e deixo o partido muito maior do que era, com o Paulo Duarte assumindo a presidência,” disse.
PL
A aprovação da urgência na tramitação do PL das Fake News só foi possível porque o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), recorreu ao regimento interno, diminuindo o total de votos necessários para aprovação para maioria simples, dos 431 presentes. Ele pode usar essa prerrogativa em dois projetos em tramitação, que não podem ser votados de imediato. Sem isso, seriam necessários 257 votos a favor – metade mais um dos 513 deputados.
PL 1
Antes da votação, Lira se reuniu com líderes partidários por três horas, na sua residência oficial e fechou um acordo. Apesar disso, houve confusão no momento da votação e ele teve de pressionar os líderes, descartando a necessidade de votação nominal como pediam alguns, caso de Altineu Côrtes (PL-RJ). O relator do projeto, Orlando Silva (PCdoB-SP), vai ouvir todas as bancadas para apresentar uma nova versão ajustada do parecer, na quinta-feira (27), para ampliar o apoio. Já a votação do mérito do texto está prevista para terça-feira, após o feriado do Dia do Trabalhador.
Big
As big techs queriam mais tempo para discussão do projeto. Uma das críticas é à responsabilização solidária das plataformas, quando houver danos causados por conteúdos pagos, pois cria problemas para a publicidade digital. “Não faz sentido, com esse nível de consequência, a gente aprovar, na correria, aos 48 do segundo tempo, uma proposta que tem tanta novidade e que tem tanta consequência para o ecossistema digital, no Brasil”, disse a chefe de Políticas Públicas da Meta, Monica Guise.
Big 1
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, entregou aos presidentes da Câmara, Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cinco sugestões de mudanças no PL das Fake News. Entre elas, estão a responsabilização solidária das plataformas digitais por conteúdos “direcionados por algoritmos”, impulsionados com pagamentos e disparados por robô, assim como quando não houver retirada do ar imediata, sem notificação prévia, em caso de “dúvida fundada de risco”. Ele incluiu multa de R$ 100 mil a R$ 150 mil por hora, em caso de descumprimento de determinação da Justiça Eleitoral para remoção de links.
Filhos
Após depor na PF sobre os atos golpistas e tido como um dos alvos prioritários da CPMI, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer gente de sua estrita confiança na comissão, para blindá-lo. Segundo Lauro Jardim, ele escalou os filhos Flávio (senador pelo PL-RJ) e Eduardo (deputado pelo PL-SP) para a tarefa. O partido pretendia indicar os senadores Magno Malta e Jorge Seif.
Zero quatro
…E a Justiça rejeitou as explicações do governo do Distrito Federal sobre uma reunião, em 2020, de Jair Renan Bolsonaro, o filho Zero Quatro, com a então secretária de Esportes e Lazer e hoje vice-governadora, Celina Leão (PP). Há suspeita de tráfico de influência na concessão de uma sala no estádio Mané Garrincha à empresa de Jair Renan. Num primeiro momento, o DF alegou “questão de segurança” para não divulgar os detalhes do encontro; agora, disse ter sido uma “visita de cortesia”. Para o juiz Daniel Branco Carnacchioni, há “erro” ou “sonegação de informação”.
Por Bosco Martins.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.