Confira a coluna “Conectado”

Bosco
Foto: Acervo pessoal

China 

O deputado federal Vander Loubet (PT), integrante da comitiva brasileira e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcam em Pequim, para um encontro com o presidente da China, Xi Jinping. O petista vai se reunir com lideranças políticas e empresários. Vinte acordos devem ser assinados. A viagem tem o objetivo de defender as relações com a China, maior parceiro comercial do Brasil, e ampliar a lista de produtos para venda, no gigante asiático. O estímulo ao desenvolvimento sustentável, a guerra da Ucrânia e a redução das barreiras no agronegócio também estão na pauta. Antes, Xangai foi a primeira parada da visita do presidente Lula, à China. A comitiva foi recebida pela ex-presidente Dilma Rousseff, que tomou posse como presidente do Banco do Brics. O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Xie Feng, também estava na recepção.

Argentina 

Enquanto isso, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), após participar, na cidade de Salta, do 3º Fórum da Rota Bioceânica, na Argentina, retorna com o foco ainda no alarmismo de ataques em escolas, provocados pela disseminação de fakes news, nas redes sociais e via WhatsApp. Enquanto parte da grande imprensa discute se o assunto deve, até mesmo entrar na pauta, por conta da visibilidade que se dá a esse tipo de criminoso, o governador foi enfático em seu posicionamento, afirmando que o Estado não ficará refém de fake news e ameaças de internet. “Não estamos desmerecendo ou ignorando, mas monitorando para poder pensar sobre esse assunto. As escolas vão funcionar e vamos ter esse momento, de pensar e refletir”, declarou. 

Alarmismo 

Para o governador Riedel, a sociedade vive um momento diferente, por ser dinâmica e, com os dispositivos eletrônicos, o comportamento da população mudou. “Não sou especialista, sociólogo, mas é o que a gente vê e percebe. Esses alunos precisam pensar e refletir que essas situações vão ter consequências para eles e para as pessoas que amam”, afirmou. Os boatos que circulam no WhatsApp criam pânico entre pais e alunos. Circulam desde listas de supostos Estados e escolas onde os ataques poderiam acontecer, até datas que estariam marcadas para ataques em massa, além de perfis de supostos agressores. Esses conteúdos, que começaram a surgir na última semana, têm deixado pais e mães com medo de enviar seus filhos à escola e levado crianças e adolescentes a pedir para ficar em casa. 

Um ponto em comum entre os diversos boatos compartilhados é a ideia de que haveria um ataque em massa em escolas em um mesmo dia. As polícias de diversos Estados e o Ministério da Justiça afirmam que estão trabalhando para combater ameaças reais, que foram registradas.

Alarmismo 1 

…Em Dourados, para tranquilizar os pais com a onda de mensagens que propagam ataques, reuniram-se a Guarda Municipal de Dourados (GMD), Polícia Civil, Procuradoria-Geral da prefeitura e Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo o major Torres, comandante da 9ª Cia. da PM, em Dourados, são mais de 160 escolas a serem monitoradas. De acordo com o major, a reunião serviu para o alinhamento de entendimento e trabalho das forças policiais para o atendimento prioritário da ronda escolar, passando mais segurança aos alunos e às famílias, embora não se tenha registro de possibilidade de casos, no município. “Não temos nenhum fato concreto, nenhuma denúncia com fundamento, que indique possibilidade de ataque. O que temos, e muito, é a replicação continuada de mensagens que chegam de outras localidades do Brasil, que eventualmente tenham escolas com os mesmos nomes”. O oficial lembra ainda que compartilhar mensagens sem que se tenha certeza de sua veracidade, como as fakes news, é crime e pode causar problemas com a Justiça.

Fakes 

…E o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que as redes sociais que não excluírem conteúdos ilícitos sobre violência escolar poderão ser retiradas do ar. Segundo a pasta, a medida se ampara nos artigos 55 e 56 do Código de Defesa do Consumidor. Dino afirma que o governo aplicará sanções administrativas às plataformas que descumprirem as novas regras, que vão de multas à suspensão das atividades da empresa.

Fakes 1 

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) será responsável por instaurar processos administrativos e requisitar relatórios às bigtechs sobre o que está sendo ou será feito sobre a questão. As redes também serão obrigadas a compartilhar imediatamente dados com delegados que permitam a identificação, pela polícia, dos usuários que infrinjam as leis. Nos grupos de WhatsApp de pais só se fala em ataques a escolas. Há medo, mas também desinformação. Este é um problema que o Brasil não tinha, passou a ter….

Censura? 

Por pressão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a TV Cultura cancelou a reapresentação e retirou do YouTube o documentário “O Autoritarismo Está no Ar – 3 Anos Depois”, produzido pela própria emissora. O programa atualizava o original de 2020, sobre a ascensão do autoritarismo no país, incluindo a tentativa de golpe de 8 de janeiro. A TV Cultura é ligada ao governo de São Paulo, ora ocupado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas. O programa foi exibido no último dia 23 e irritou os apoiadores do expresidente. A secretária de Cultura de São Paulo, Marília Marton, negou pressão para retirada do documentário, mas criticou a qualidade do programa. “Se ele fosse muito bom, estaria no Netflix (sic)”, disse.

Serviço:

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Por Bosco Martins

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