Ambulantes garantiram espaço um mês antes da Expogrande

Ambulantes
Foto: Marcos Maluf

Vendedores esperam lucrar, pelo menos, R$ 1 mil por dia

De olho na renda extra, vendedores ambulantes marcaram lugares de barracas um mês antes da 83ª Expogrande, que se iniciou ontem (13) e segue até dia 23 de abril. O evento é uma oportunidade para dezenas de vendedores. 

Microempreendedor, Ronaldo Vieira Gomes, de 49 anos, montou sua barraca estrategicamente na esquina da entrada principal, do Parque de Exposições Laucídio Coelho. Para isso, ele conta que, junto ao filho e nora, vieram 30 dias antes, para fazer a marcação. 

“Viemos aqui mês passado, marcar o nosso nome. Aqui, o consenso é entre os próprios vendedores, mesmo, então, nos adiantamos para garantir nosso espaço”, relata Rayane Sampaio Gomes, de 27 anos, integrante da família que ajudará na correria dos 10 dias de festa.

A jovem, que atualmente não trabalha fora, conta que é a primeira vez que os três irão montar barraca na Expogrande. Todavia, ela ressalta que já foram mais de cinco carnavais, vendendo bebidas e espetinhos. 

“Pelo menos R$ 1 mil por noite, isso jogando baixo, pois sempre tem a possibilidade de ser mais. Vai depender da disposição do povo”, destacou. 

Entre drinks, cachorro-quente, cerveja, pastéis e espetinho, mais de 50 barracas cercam o local. Com destaque para a cerveja e espetinho, os vendedores apostam no gosto popular dos campo-grandenses, para fazer um bom dinheiro extra, nos próximos dias. 

Autônomo, Adrian de Paula Martins, 20 anos, explica que, para os ambulantes, a realização, no modelo tradicional, com todas as atrações de entretenimento e negócio no mesmo lugar é o que ajuda a movimentar a economia. 

Vendendo caipirinha, vodka, energético e espetinho, o jovem espera fazer um bom dinheiro. “Em 10 dias, tirando os gastos, o funcionário, jogando baixo, nesses dias de venda, dá para tirar, pelo menos, uns R$ 7 mil”, disse Adrian. 

O chapeiro Anselmo Gomes Souza, de 39 anos, chegou de madrugada para garantir um local. “Cheguei era 4h da manhã e já marquei meu ponto. Esse ano, trouxe minha esposa, ela vai ficar com a parte da comida e eu, da bebida. Já vim em vários eventos aqui, não só na feira, trabalhei ajudando meu pai. Dessa vez, montei minha barraca e acredito que esse retorno vai dar um bom lucro para nós, ambulantes, esse ano”, comemorou.

Movimentação financeira

Movimentando a economia de ponta a ponta, a volta da Expogrande já criou renda para cerca de 500 trabalhadores, somente na reforma do Parque de Exposições Laucídio Coelho. Segundo a Acrissul-MS (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), foram investidos R$ 500 mil na reestruturação do espaço. 

“Empregos são gerados com a Expogrande, não só aqueles trabalhadores que participaram diretamente na reforma, montagem e desmontagem de equipamentos, mas, durante todo o período, rendas estão sendo geradas, mesmo que de maneira informal, como os salões de beleza, lojas de vestuário, empresas de aplicativo e rede hoteleira, por exemplo”, comenta o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai. A Associação espera receber, em média, 100 mil pessoas e movimentar mais de R$ 100 milhões.

Por Brenda Leitte e Tamires Santana – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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