Agência busca obter contribuições e sugestões para definir os moldes do novo projeto do processo licitatório
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), convocou ontem (3), por meio de publicação no DOU (Diário Oficial da União), duas novas audiências para discutir sobre a relicitação da Malha Oeste, trecho de 1.973 quilômetros, que corta os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, limitado a leste por Mairinque/SP, e a oeste, pelo município de Corumbá/MS.
As audiências estão marcadas para o dia 26 de abril, em Campo Grande e, em Brasília, no dia 3 de maio.
Conforme a agência, os eventos têm como objetivo, colher sugestões e contribuições às minutas de edital e contrato de relicitação da Malha Oeste. Nesta fase, os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental serão aprimorados, com participação da sociedade civil. Depois, o processo segue para análise do TCU (Tribunal de Contas da União) e, em caso de sinal verde, é publicado o edital de relicitação, seguido pelo leilão e, enfim, assinatura do contrato de concessão.
A relicitação deve contar com investimento de, aproximadamente, R$ 18 milhões e trazer novas propostas de modernização para a Malha Oeste, sendo elas: modernização, ampliação e construção dos pátios de cruzamento, sinalização, minimização de conflitos urbanos, por meio da instalação de 21 intervenções integradas simples, 43 intervenções de integrada completa e 1 contorno ferroviário e melhoramento da frota, por meio da renovação e aquisição de novos veículos, para que a empresa possa garantir a eficiência das operações.
Para o coordenador da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, o deputado federal Vander Loubet (PT), a recuperação da linha férrea demanda articulações com o governo federal, para acelerar o projeto.
“Precisamos buscar garantir que a relicitação atenda aos interesses do Estado e, também, que o modelo adotado seja positivo para nossa economia e logística”, disse o parlamentar.
Análises
Cabe ressaltar que estão sendo feitas análises para outros investimentos. Na rede de aeroportos do Estado também há análises em andamento. Está no plano aeroviário de Mato Grosso do Sul a estruturação de um aeroporto em Amambai; a reforma no aeródromo de Aquidauana, que precisa de uma pista pavimentada e a construção de um campo de aviação em Mundo Novo, que já possui um terreno comprado pela prefeitura municipal, para este fim.
Plano aeroviário
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul está com novos planos para o transporte aeroviário da região, isso porque a expectativa é investir cerca de R$ 250 milhões em infraestrutura aeroportuária. Com 20 aeroportos, em 19 cidades, o plano estadual objetiva a construção, reforma e ampliação de aeródromos, em benefício dos setores produtivo, comercial, turístico, ambiental e até da saúde.
Um dos objetivos do Estado é estruturar aeroportos no Pantanal da Nhecolândia e na região do Morro do Azeite, para desenvolver a logística e a infraestrutura aeroportuária, conferindo agilidade nas ocorrências de incêndios florestais e também no atendimento de saúde de ribeirinhos e outras pessoas que vivem e trabalham no bioma alagado.
Até o momento, nove aeroportos do Estado passam por obras de melhorias. Em Bonito, o Estado trabalha na troca da cobertura do terminal de passageiros. Em Camapuã, no cercamento da pista e no projeto para restauração do pavimento existente.
Em Cassilândia, no cercamento. O aeroporto de Dourados conta com dois projetos em andamento: um do Exército Brasileiro, que faz a recomposição da pista e toda a infraestrutura do lado ar (lado de pista); e outro do governo do Estado, que executa o projeto do novo terminal de passageiros.
Além das obras em andamento, a Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul), possui sete projetos para a área da aviação em Água Clara, Campo Grande (Santa Maria), Inocência, Maracaju, São Gabriel do Oeste e Corumbá (um na Nhecolândia e outro no Morro do Azeite).
Para o governador do Estado, Eduardo Riedel, a intenção é prospectar aeroportos em todo o Estado. “Precisamos atender aos setores econômicos, criando uma estrutura de acesso rápido às regiões. Além disso, estamos com obras em andamento em nove aeroportos, e ainda, investimentos em três novos projetos”, ressaltou.
Por Tamires Santana – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul
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