Em Campo Grande, o litro do diesel sofrerá queda de pelo menos R$ 0,16 sobre o preço médio aplicado, atualmente, nas bombas. Tudo isso foi o que indica um projeção emitida pelo diretor do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul), Edson Lazaroto, após anúncio de redução da Petrobras para as refinarias, na quarta-feira (22).
“A redução anunciada é somente para diesel e poderá impactar em retração de até R$ 0,16 por litro”, afirma o titular do Sinpetro, ressaltando que a alteração pode ocorrer nesta semana mediante o repasse dos novos valores para as distribuidoras que, conforme nota oficial da Petrobras, passam a valer a partir de hoje (23).
Sobretudo, o diretor do sindicato ressalta a liberdade do setor na precificação do produto. “O mercado é livre tanto para as distribuidoras como para os postos. Como sempre frisamos, dependemos das distribuidoras, assim que os pedidos chegam, com preços reduzidos, o mercado automaticamente vai se adequando.”
Outro fator evidenciado pelo representante é a forte concorrência de preços no mercado, em Campo Grande, o que contribui para que a mudança ocorra em breve, o que, segundo Lazaroto, deve acontecer entre três e cinco dias.
Decisão
O anúncio da estatal foi feito no fim da manhã de ontem (22), em que foi informada uma redução no preço do diesel A para as distribuidoras. Conforme a Petrobras, o valor médio do litro passará dos atuais R$ 4,02 para aproximadamente R$ 3,84, representando, assim, uma queda de R$ 0,18 por litro.
Em nota, a companhia petrolífera destacou que a redução tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da Petrobras frente às principais alternativas de suprimento dos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino.
“Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia destaca que, na formação de seus preços, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, diz um trecho da nota.
Reflexo
Caminhoneiros, uma das classes responsáveis pelo abastecimento da economia brasileira, é uma das mais impactadas pela alta no preço do diesel dos últimos meses. Contudo, diante da redução, o setor não está otimista com o repasse para o consumidor final.
O presidente do Sindicam- -MS (Sindicato dos Caminhoneiros em Mato Grosso do Sul), Osni Belinati, relatou ao jornal O Estado que ainda é cedo para fazer estimativas de redução, entretanto, ele lembra que, anteriormente, a redução não refletiu positivamente.
“Temos que esperar alguns dias para ver se a queda do diesel vai realmente chegar às bombas, pois, das últimas vezes, isso não aconteceu de forma significativa”, pontua o presidente do Sindicam, que ainda faz uma análise, destacando que, em Campo Grande, os preços estão fora do patamar.
Preços
Cabe destacar que, com base nos resultados divulgados pela pesquisa de preços, realizada semanal mente pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), entre os dias 12 e 18 de março de 2023, a média do litro do diesel comercializado em Mato Grosso do Sul chegou a R$ 5,80, na bomba.
Já o preço mínimo de revenda divulgado pela agência para o período é de R$ 5,62, enquanto o máximo está no patamar de R$ 5,94. Com isso, a variação obtida, com base no menor e maior valor encontrado, é de 5,68%.
Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado do MS.
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