Com peixe custando até R$ 88, consumidores da Capital iniciam pesquisa de preço para a Semana Santa

peixaria
Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

A menos de um mês da data, campo-grandenses se mostram mais cautelosos com os gastos 

Sempre antecedendo a Páscoa, a Semana Santa é tradição antiga, que movimenta maciçamente a comercialização de peixes. Neste ano, em Campo Grande, os consumidores já estão se demonstrando cuidadosos com os preços do produto, realizando pesquisas antes de efetivar a compra. O filé de salmão está sendo vendido até R$ 88, entre cinco peixarias pesquisadas. 

A data é comemorada no início de abril, já que a Páscoa acontece neste ano, no dia 9 do mesmo mês. Trabalhando há 10 anos na Peixaria do Beto, localizada na rua Spipe Calarge, a atendente Maria Luce Abraão, de 46 anos, relata que já tem cliente com um olho no peixe e outro no preço. “Aqui nós temos um bom movimento, mas notei um pequeno aumento na compra de peixes e tem também um pessoal entrando e perguntando quanto está o quilo dos peixes mais procurados, que são: pacu, tilápia e pintado”, detalha. 

Sobre o crescimento nas vendas, ela ressalta acreditar que deve melhorar, em comparação com o ano anterior, já que as famílias devem aproveitar para se reunir após um período complicado, quefoi a pandemia. “Deve continuar em uma crescente nas vendas, como tem ocorrido durante os anos anteriores. Estamos otimistas”, disse. 

Por outro lado, na peixaria Matias, localizada na rua Trindade, bairro Vila Progresso, a situação é diferente, já que, conforme o gerente do local, Nailton José Santana, 41 anos, a saída de pescado para a Semana Santa já aumentou. “O pessoal tá vindo para comprar mesmo, tem até gente comprando em grande quantidade, pois tem aqueles que compram para revender”. 

Outro ponto observado por Nailton é que muitos estão comparecendo com antecedência, ao contrário dos outros anos, momento em que, segundo ele, costumam se formar grandes filas para a compra do peixe. “Teve semana aí que o pessoal deixou para a última hora e na hora de comprar não tinha mais o produto que ele queria, já que, com o aumento da procura, os estoques se esgotam rapidamente”, explicou.

Preços

A reportagem esteve em cinco peixarias de regiões diferentes da Capital, onde foram levantados os valores dos peixes mais consumidos na Semana Santa. Conforme o volume de venda dos comércios especializados, são eles: pacu, tilápia e salmão. 

O pacu inteiro com espinhas contou com variação mediana de 15,58%, podendo ser comprado com valores entre R$ 19,90 (Comper) e R$ 23,90(Peixaria Beto) o quilo. 

A costelinha de pacu com espinha obteve diferença de 20,08%. O menor preço está na Peixaria Rio Sul, a R$ 24,90 o quilo, enquanto o mais caro está na Peixaria Beto, por R$ 29,90. 

O filé de salmão é vendido com valores que vão de R$ 85 o kg a R$ 94,9. A variação é baixa, ficando em 11,65%. Em primeiro lugar, como campeão de variação, a tilápia, um dos peixes mais consumidos durante a época contou com diferença de 34,83%. Os valores vão de R$ 43 a R$ 57,90 o quilo. 

Em relação aos preços praticados, os representantes de três locais visitados explicam que, devido ao aumento da demanda, os fornecedores costumam subir os valores, sendo necessário repassar a diferença aos consumidores. “Essa semana mesmo, o filé de tilápia já sofreu mudança passando de R$ 41 para R$ 43. E, muito provavelmente, na Semana Santa, esses valores serão reajustados novamente”, revela uma atendente, que preferiu não se identificar. 

Por Evelyn Thamaris  – Jornal O Estado do MS.

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