Confira a coluna “Segredos de Estado” por Laureano Secundo

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Lei da sobrevivência 

Seja com a fusão ou por meio da formação de federações, os partidos políticos tentam superar as cláusulas de barreira e sobreviver para as próximas eleições, sem correr o risco de perderem recursos do Fundo Partidário ou espaço no horário eleitoral. Aos poucos, o quadro partidário vai adquirindo novas feições, sendo que algumas siglas vão sendo substituídas por outras. A primeira delas é o Mais Brasil, que deve surgir a partir da união do PTB e do Patriota. Se algumas fusões devem servir apenas para a sobrevivência de partidos pequenos, outras podem se tornar decisivas para as próximas disputas eleitorais, como é o caso de uma possível fusão entre o PL, PP e o União Brasil, que daria origem a um partido que teria a maior bancada na Câmara e no Senado. No campo das federações, a que poderia provocar o surgimento de um super partido seria o que uniria o PSDB, MDB e o Cidadania, cuja ambição é criar uma sigla de centro.

Candidatíssimo

Ao dizer que recebeu do presidente Jair Bolsonaro a convocação para disputar a prefeitura de Dourados, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) praticamente confirma a pré-candidatura ao cargo, que hoje é ocupado por Alan Guedes. Ele também deixa claro que vai tentar liderar uma frente de bolsonarista.

Troca

PL e PP já estudam a possibilidade de trocar apoio nas eleições de Dourados e Campo Grande, sendo que, na Capital, o nome que encabeçaria a chapa seria o de um político do PP, enquanto que em Dourados ficaria com um Liberal. As conversas devem evoluir, mas devem esperar pela definição das fusões ou formação de federações.

Insatisfeito

O deputado Zé Teixeira (PSDB) disse, durante sessão da Assembleia, ao encontrar com a sua colega de parlamento e de partido, Mara Caseiro, que está de malas prontas. A frase foi interpretada como sendo a manifestação de insatisfação com o tratamento que tem recebido por parte do governador, Eduardo Riedel.

O chefe 

A rebelião que começou a surgir contra a pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira a prefeito de Campo Grande foi por terra, com a declaração do ex-governador e atual presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja. Pelo menos por enquanto, o nome tucano para a eleição de 2024 é Beto Pereira.

Medo de queimação

A possibilidade de lançamento de Camila Jara como candidata à prefeita de Campo Grande pelo PT estaria esbarrando no temor de que o partido cometa o mesmo erro que cometeu, quando lançou o então campeão de votos a deputado federal, Ben-Hur Ferreira, para concorrer contra André Puccinelli, que tentava a reeleição. Como se sabe, a derrota marcou o fim da promissora carreira política de Ben-Hur.

Vice

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande não esconde de ninguém que estaria muito propenso a aceitar o convite para ser o vice de Beto Pereira. Ele acredita que deve contar com apoio formal e informal de quase 100% dos atuais integrantes do legislativo da Capital.

Meninos, eu vi 

Na eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em 1983, o não alinhamento do deputado Cecílio Gaeta à bancada de situação, da qual fazia parte, provocou a derrota do candidato situacionista, Nelson Buainain à presidência e, consequentemente, a ira dos peemedebistas. Um dos militantes, o publicitário Armando Peralta Barbosa, jogou o sapato no parlamentar durante o tumulto. Depois que os ânimos foram serenados, Gaeta, que tinha em seu gabinete um altar com imagens de entidades da umbanda, religião da qual era adepto, sempre que encontrava o Armando pelos corredores da Assembleia dizia.

– Coloquei seu sapato lá no altar, vai lá que eu te devolvo.

Frase

“Sou contra esse aumento de salário. Não estou na prefeitura por dinheiro e sim por missão”

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota).

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