Com a volta às aulas da rede particular, nessa segunda-feira (30), uma velha preocupação volta à tona e, mesmo com a vasta diminuição dos casos desde o início da pandemia de COVID-19, não se pode deixar de lado os cuidados para prevenção contra disseminação do vírus, e especialmente a volta às aulas pode despertar nos pais um novo sinal de alerta, já que os alunos estarão em um ambiente fechado e aglomerados nas salas.
Pensando nisso o jornal O Estado entrou em contato com algumas escolas, para entender como esta questão será tratada tanto pelos pais dos alunos quanto pelos funcionários das escolas, para que não voltem a ter contágios excessivos nesses locais.
De acordo com o diretor do Colégio Raul Sans de Matos – Funlec, Sizenando Sadakane, a preocupação ainda é existente, mesmo porque a pandemia não acabou e a cada dia surge uma nova variante do vírus, porém a escola optou por manter alguns procedimentos de segurança para tentar evitar a propagação da doença.
“Nós decidimos continuar com os métodos de segurança que estávamos seguindo no ano passado, deixamos álcool gel disponível na porta de cada sala, e nos primeiros dias de aula passaremos algumas instruções, principalmente com os menores, de como lavar a mão corretamente, por exemplo. Também tivemos uma comunicação interna, que acordou ficar de olho nos alunos, caso apresentem algum sintoma, para tomarmos as providências necessárias e evitar ao máximo que isso se dissemine”, explicou Sizenando.
Ele afirmou também que os pais serão grandes aliados nessa questão, pois todos foram certificados de que não deverão mandar os filhos para a escola em caso de sintomas de gripe ou resfriado. “Cada coordenador tem um grupo de pais e aí eles já os deixaram informados, mas, na verdade, a maioria já estava ciente, então estamos dando um pouco mais de atenção aos pais de alunos novos”, destacou o diretor.
Além das medidas e da conscientização, Sizenando salienta que o que tranquiliza a todos é a questão das vacinas. Ele afirma que todos os funcionários da escola estão vacinados e que isso é uma recomendação também aos pais de alunos.
O diretor da Escola Bilíngue Harmonia, Daniel Martins, informou que o retorno está sendo muito tranquilo. Tendo em vista que as aulas do ensino infantil voltaram no dia 11 de janeiro.
“Como em todas as situações de enfermidades virais, a escola orienta aos pais e responsáveis que procurem assistência médica. Entretanto, não há mais indícios de preocupação com o coronavírus entre as famílias”, disse.
A empresária Daniele Leão, 28 anos, é mãe de uma criança do segundo ano do Ensino Fundamental e conta que o filho começou a estudar bem na pandemia, e que o medo dele era muito maior logo que ele começou, tanto que era necessário o uso de máscara durante as aulas.
“Mesmo quando liberaram, eu optei por ele continuar usando a máscara, mas agora com as vacinas eu estou mais tranquila, ele já não vem mais de máscara, mas eu cheguei a ter em casa de 12 a 24 máscaras infantis que eu mandava fazer para ele. Mas como eu disse sobre a vacina, apesar de ter um aumento de caso não é mais como estava no início. Eu participei de uma pesquisa em laboratório da Fiocruz, pra eles verem a eficácia da vacina, e estamos contribuindo como podemos”, disse Leão.
Já Sarah Lucia, 30 anos, é mãe de uma criança da Educação Infantil, e disse ao jornal O Estado que, apesar da diminuição dos casos e da gravidade da doença a pessoas vacinadas, é necessário que aprendamos a lidar com o vírus.
“Agora já estamos tendo um pouco mais de segurança, já que estamos podendo vacinar os pequeninos também, mas temos todo um processo de adaptação e acostumar que temos que conviver com ele, e sempre ensinar ela a lavar a mão, não colocar a mão na boca, então esses processos que temos de trabalhar, não só conosco, mas agora com eles também”, afirmou.
Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS
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