Uma mulher, de 25 anos, atropelou um homem, na noite de domingo (22), na Rua Afluente, bairro Rancho Alegre II. O crime aconteceu por volta das 19h, e a autora, que dirigia um Renault Clio Sedan preto, ainda deu ré no veículo para atingir o homem mais uma vez. A vítima seria padrasto da autora.
De acordo com imagens obtidas por câmeras de segurança, a vítima estava ingerindo bebida alcoólica na frente de um mercado, junto com outro homem. É neste momento que a autora, dirigindo pela contramão da rua, acerta o homem e ainda atinge uma das estruturas do estabelecimento.
O homem caiu no chão com a força da batida. A mulher ainda deu ré no carro e atingiu a vítima pela segunda vez, imprensando-o contra a parede do local.
Ainda segundo as imagens, é possível ver a mulher saindo do carro, indo até a vítima e falando algo. Ela então volta para o carro e foge, porém, de acordo com informações do boletim de ocorrência, o pneu do veículo teria estourado e a vítima abandonou o carro e fugiu a pé.
A vítima foi socorrida por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e encaminhada para a Santa Casa em estado grave. Uma testemunha relatou à polícia que momentos antes do atropelamento, a vítima comentou que havia discutido com a esposa.
No hospital, uma mulher se apresentou como esposa do homem e contou à polícia que ambos teriam discutido anteriormente e que a vítima teria lhe agredido. A autora, identificada como filha da mulher e enteada da vítima foi localizada e encaminhada para a delegacia.
O homem segue internado na Santa Casa de Campo Grande com afundamento de crânio, diversas fraturas pelo corpo, trauma na região do abdômen e possível hemorragia interna.
O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, como homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, na forma tentada.
Veja o vídeo do momento do crime:
Violência Doméstica
Violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994).
O artigo 5º da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) manteve esse conceito, ampliando-o e assim definindo violência doméstica: “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
Chama-se de violência doméstica aquela que ocorre em casa, no ambiente doméstico ou em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação. Pode acontecer com qualquer mulher, independente de raça/etnia, classe social, nível educacional, ou religião. No campo ou na cidade, a violência doméstica atinge mulheres de diferentes idades e profissões.
Serviço
Central de Atendimento à Mulher: ligue 180, serviço do governo federal, que funciona 24h, todos os dias, onde são prestadas informações, orientações e feitas denúncias (que podem ser anônimas).
Em situações de urgência e emergência, quando uma agressão estiver acontecendo, ligue 190.
Todas as unidades da Polícia Militar e as Delegacias de Polícia Civil do Estado estão aptas a receber/orientar mulheres em situação de violência.
No site www.pc.ms.gov.br da Polícia Civil é possível fazer denuncia on-line através da Delegacia Virtual.
A Defensoria Pública do seu município pode orientar quanto à questões jurídicas e está atendendo pela plataforma de atendimento virtual: www.defensoria.ms.def.br ou através da Central de Relacionamento com o Cidadão (CRC), por meio de ligação telefônica para o número 129 ou envio de e-mail para: [email protected]
O Tribunal de Justiça possibilita o pedido de medidas protetivas de urgência online através do link: https://sistemas.tjms.jus.br/medidaProtetiva/.
O Ministério Público do seu município pode receber denúncias, dar informações e orientações às mulheres em situação de violência. E em tempos de pandemia está atendendo por meio do e-mail: [email protected] ou através do formulário disponível no link: https://www.mpms.mp.br/ouvidoria/cadastro-manifestacao e nos telefones 127 e 0800-647-1127.
Aplicativo MS DIGITAL, que facilita o acesso da população aos serviços essenciais de forma digital, sendo que os ícones Segurança e Mulher MS trazem orientações e possibilidade de denúncia on-line.
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