Entre os meses de janeiro e dezembro, o Estado importou 1,2 milhão de toneladas de produtos.
Em Mato Grosso do Sul, o mês de dezembro de 2022 foi marcado pela redução média de 20% no preço dos fertilizantes, quando comparado com igual período de 2021. Contudo, os insumos apresentaram incremento médio de 99% perante o mesmo mês de 2020, conforme o Boletim de Fertilizantes da Aprosoja-MS (Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).
O aumento foi impulsionado considerando os preços de 2020, principalmente pelo KCI (cloreto de potássio) com incremento de 163%, seguido do formulado de nitrogênio, fósforo e potássio (4-30-10), com incremento de 71%, e do fosfato monoamônico (MAP), com acréscimo de 64%. Para o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi, na prática, “o aumento do preço de venda dos grãos não chegou ao bolso do produtor rural, uma vez que, o custo dos insumos teve aumento significativo, impactando negativamente no lucro líquido do agricultor”.
Importação
Entre os meses de janeiro e dezembro, o Estado importou 1,2 milhão de toneladas de produtos, redução de 2,12% em relação ao mesmo período de 2021.
De acordo com os dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), foram 375 mil toneladas de produtos nitrogenados (N), aumento de quase 23%, 442 mil toneladas de fosfatados (P), redução de 3,10%, e 122 mil toneladas de potássicos (K), aumento de cerca de 25%. Já em dezembro, os produtos importados por Mato Grosso do Sul tiveram origem na China, Rússia, Argélia, Bolívia e Israel.
Efeitos
O conflito provocado pela invasão do território da Ucrânia pela Rússia trouxe reflexos imediatos para a importação de fertilizantes, que têm forte impacto no setor primário da economia.
Conforme o Sinprifert (Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes), 85% desse produto consumido no Brasil é importado, sendo 23% diretamente negociado com a Rússia.
Por Luciano Shakihama – Jornal O Estado do MS.
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