Dia Internacional do Riso: você conhece os benefícios que suas gargalhadas podem te trazer?

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Foto: Divulgação/Liga do Bem

Quem nunca ouviu a frase “rir é o melhor remédio”? Pode parecer clichê ou mera frase de efeito, mas esta é uma sentença muito verdadeira, já que o riso pode ter muitos efeitos positivos para a saúde, seja ela física ou mental, para as relações interpessoais e muito mais, e hoje (18) é comemorado o Dia Internacional do Riso, data que chama a atenção para o ato de não apenas sorrir, mas também de rir.

O objetivo da data é fazer com que as pessoas se atentem para a importância de rir, e de como isso impacta a vida, a saúde, os ambientes pelos quais passamos ao longo da vida, nossas interações sociais, relacionamentos em geral e vários outros aspectos da vida sobre os quais o riso pode ter influência positiva, posto que o riso é um comportamento humano que traz, invariavelmente, bem-estar às pessoas.

O poder de uma boa gargalhada é inegável. O riso tem o poder de liberar imediatamente hormônios que nos dão uma sensação de bem-estar e relaxamento. Não é à toa que existe a frase que abre esta matéria: “rir é o melhor remédio”, pois uma boa gargalhada relaxa o corpo inteiro, alivia o estresse e a tensão por até 45 minutos!

A psicóloga Elisangela Rocha de Matos Guimarães explica que o ato de rir envolve muito mais do que simplesmente gargalhar, como o fortalecimento do sistema imunológico, por exemplo. “O riso é importante no âmbito da saúde mental, pois libera serotonina e endorfina, aumentando a produção de células de defesa do organismo, estimula o sistema imunológico e, além disso, como a frequência cardíaca aumenta, o sistema cardiovascular também melhora.”

Além da saúde, o riso é importante para as relações interpessoais. “O riso, nas relações interpessoais, contribui para a socialização. Pessoas que riem adoecem menos, sofrem menos e têm melhor qualidade de vida, melhor saúde mental e física, melhor produtividade. Rir reduz o estresse, melhora a autoestima, e faz com que as relações interpessoais fluam. Quando rimos temos momentos únicos e positivos, melhorando a socialização e os relacionamentos”, pontua a profissional.

Isso porque o riso é uma demonstração de bem-estar, aproxima as pessoas e traz alegria e saúde. O bom humor atrai coisas boas e positivas, e faz com que, na medida do possível, as pessaoas levem uma vida mais tranquila e feliz, podendo fazer, inclusive, com que as pessoas encarem a vida de uma forma mais positiva.

Além disso, quando rimos, movimentamos 12 músculos faciais; ao dar gargalhadas, movimentamos 24 músculos faciais; quando conversamos e gargalhamos ao mesmo tempo, são 84 músculos, sem contar que esse acaba sendo um ótimo exercício facial que retarda o aparecimento de rugas. O riso não só exercita o rosto, mas mexe com todo o corpo.

O humorista Jota Comédia conta que fica muito feliz ao ver o que seu trabalho proporciona ao público.

“Quando eu vejo uma pessoa rindo, isso é contagiante. Já ouvi pessoas falarem ‘Jota, eu estava mal, triste, e aí ouvi o seu programa, ou vi seu podcast, e me alegrou’, ou ‘cara, eu vi minha vó rir do seu personagem, o ‘seo’ Amanciu’, isso me deixa muito feliz.”

O comediante Alex Figueiredo vê o riso como um “despertador” para a vida. “O riso é a melhor forma de ‘acordar’, dar cor para a nossa vida! Foi pelo humor que venci os maiores desafios da minha vida – inclusive a depressão –, e te convido a fazer o mesmo (mesmo que esteja doendo)! Foi traído? Ria! Faliu? Ria! Tá doente? Ria! Morreu? Alguém vai rir de você!”, dispara. Para Figueiredo, fazer alguém rir não tem preço.

“Valorizar o artista que consegue fazer rir é fundamental! Agora, conquistar o riso de alguém pela sua arte não tem preço, tem valor! E é esse o meu propósito, ser o ‘colorido’ no momento das pessoas.”

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Foto: Divulgação/Liga do Bem

Terapêutico

O riso pode ser terapêutico e ajudar a melhorar quadros de saúde e, nessa linha, um dos trabalhos mundialmente mais conhecidos foi de Patch Adams, médico norte-americano famoso por utilizar o humor no tratamento de enfermos, que inclusive virou um filme homônimo “Patch Adams – O Amor é Contagioso”, que vale a pena assistir.

Hunter Doherty “Patch” Adams acredita que o riso, além de romper as barreiras existentes entre médicos e pacientes, ajuda a melhorar o quadro do paciente e a forma de encarar tanto a doença quanto o tratamento.

A história do médico ganhou grande repercussão a partir da publicação de seus livros e do filme, e desde então o doutor-palhaço vem influenciando pessoas em todo o mundo que buscam levar alegria aos hospitais.

Em Campo Grande, a Liga do Bem realiza um trabalho parecido: são voluntários que se uniformizam como super-heróis e personagens de filmes, séries, HQs, desenhos animados e outros, e visitam entidades e instituições com o intuito de levar alegria e conforto.

Nos hospitais, a presença do grupo é frequente aos fins de semana e, sobre isso, o “Super-Homem” falou ao jornal O Estado que o trabalho realizado difere um pouco do que outros grupos fazem.

“A diferença entre o trabalho que a gente exerce na Liga e o trabalho de outras organizações que visitam hospitais, tipo os Doutores da Alegria e o próprio pessoal da capelania, é que a gente não oferece só uma ferramenta, como só o riso ou só a religião. A gente leva para o paciente – isso tá no nosso treinamento – o remédio que o paciente precisa”, explica.

E o “Super” detalha um pouco mais: “Então, muitas vezes, o paciente está enfrentando um momento de dor, de desespero, e ele quer esquecer disso. E aí o riso é perfeito para esse momento. Então a gente brinca, conversa, quebra o gelo, a gente faz com que ele se esqueça daquele problema. São 10, 15 minutos que ele se esquece daquilo que está vivendo: ele pode se divertir, brincar, ou falar da nossa roupa, ou a gente fala de momentos especiais que a gente teve”.

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Por Méri Oliveira – Jornal O Estado do MS.

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