Campo Grande é a 3ª capital com maior valorização imobiliária

Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS
Foto: Edemir Rodrigues/Governo de MS

Em 2022, o acumulado ficou em 14,03%, acima da inflação registrada no período

Campo Grande é a terceira capital que mais teve valorização no ramo imobiliário, em 2022. Conforme levantamento do FipeZap, de janeiro a dezembro, Campo Grande acumulou aumento de 14,03%. O índice ficou acima da inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que encerrou o ano em 5,79%. O município só fica atrás de Vitória (+23,23%) e Goiânia (+20,91%). 

Em 2020, a Capital sul- -mato-grossense contou com valorização de 5,91%. Ao

passo que em 2021 o crescimento foi discreto (+5,97%). No mês passado, o preço médio de venda do metro quadrado ficou em R$ 5.232. Com isso, Campo Grande tem o 16° menor preço entre as cidades pesquisadas. 

Para o presidente do Secovi (Sindicato da Habitação), Geraldo Paiva, vários são os pontos que cooperaram para o cenário positivo. “Campo Grande está sempre em destaque para investimentos imobiliários pelas seguintes características; qualidade urbana, preços acessíveis e renda consistente entre sua população”, ressalta. Paiva ainda complementa citando particularidades da Capital. “Enquanto mantivermos estas características, vamos estar sempre próximo a liderança entre as melhores cidades para se investir e morar. 

Temos uma cidade bem planejada por meio de uma boa lei de uso do solo e código de obras. Muito verde e boa mobilidade”, conclui. 

Na visão do presidente do Creci-MS (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul), Eli Rodrigues, parte dessa valorização já era prevista, puxada pelo mercado imobiliário em expansão com a valorização ano a ano, sobretudo pelo aumento de preço em razão do custo da construção, que subiu.

“Os resultados mostram que o mercado está aquecido. Nosso Estado está em expansão, com muitas possibilidades de crescimento, isso reflete no mercado imobiliário. Também é reflexo de um resultado na economia melhor, já que o agronegócio vive um bom momento, e uma recuperação maior que muitos outros estados, e isso faz com que haja novos clientes, ou seja, temos uma migração para o nosso estado a procura de novas oportunidades, além dos que já estão aqui”, explica o representante. Ao fazer uma análise para o novo ano, Eli é otimista. “A previsão é de que tanto o mercado de imóveis a venda, como o de locação continuem a crescer em 2023. Esse é um mercado em ampla expansão em nosso Estado.”

 

Regiões

Os valores por metro quadrado apresentam diferença de preço conforme a região da cidade no mês de dezembro do ano passado. Prosa (R$ 7.245) e Centro (R$ 5.149) lideram como as mais valorizadas em Campo Grande no metro quadrado. No acumulado de 12 meses as respectivas áreas contaram com variação de +15,2% e +12,2%.

 

Em contrapartida, Imbirussu (R$ 3.219) e Anhanduizinho (R$ 2.900) são as duas localidades com o preço de venda de imóveis residenciais que contam com menor preço pelo metro quadrado. A variação obtida em um ano apresentou expressiva elevação em +29,1% para a região Imbirussu, ao passo que Anhanduizinho apenas +0,7%.

Nas regiões intermediárias estão Bandeira (R$ 4.650), Segredo (R$ 4.180) e Lagoa (R$ 3.000). Já as variações foram equilibradas, com exceção da área do Bandeira, que contou com aumento de 21,5% em 2022. 

Nacional Tendo como base 50 cidades brasileiras, incluindo 16 capitais, o preço de imóveis residenciais registrou a maior alta dos últimos oito anos no país. O índice FipZap aponta valorização imobiliária de 6,16%, ficando acima da inflação. 

O maior aumento aconteceu pela última vez em 2014, quando foi registrada alta nominal de 6,70%, momento em que ocorreu pico de interesse na obtenção de imóveis. O documento aponta que 49 das 50 cidades brasileiras sofreram elevação nos preços de comercialização de casas e também apartamentos. Vitória ficou com o metro quadrado mais caro, ultrapassando São Paulo com custo de R$ 10.196 por metro quadrado.

 

Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado do MS.

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