Curta do campo-grandense Filipi Silveira é premiado no RS

Foto: Reprodução
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Com a poesia de Manoel de Barros, ‘O Retrato do Artista Quando Coisa’ de Filipi Silveira venceu categoria Experimental 

O cineasta Filipi Silveira, conhecido na cena campograndense e sul-mato-grossense, foi premiado com o curtametragem “O Retrato do Artista Quando Coisa” no Fenacin (Festival Nacional de Cinema Independente) realizado na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na categoria Experimental. O curta é dirigido em parceria com a cineasta Larissa Neves.

“Eu já estava feliz pelas apresentações por Festivais no Brasil, mas com o reconhecimento do Fenacin fico muito grato. São 53 jurados, que se encantaram por nosso curta, isso mostra que sua potência foi aprovada. Já tive outros trabalhos indicados ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, reconhecimentos em outros festivais como diretor, produtor ou ator, ter o prazer de levar o nosso trabalho, porque o filme não se faz sozinho e, ainda ser premiado, só mostra que estou em bom caminho”, acredita Filipi. 

“O Retrato do Artista Quando Coisa” continua sendo exibido em festivais e mostras pelo Brasil, levando a poesia brincante de Manoel de Barros com uma interpretação expressiva de Filipi que, além de dirigir, também atua no filme, uma dobradinha que já faz parte de sua identidade nas produções. 

Co-diretora 

Para a co-diretora Larissa Neves, foi desafiador gravar com base na obra de Nequinho. “O desafio foi a responsabilidade de representar algo do poeta, nós produzimos entre amigos, de forma leve. Éramos apenas eu, Breitner Dambroz e o Filipi Silveira nas filmagens. Então, o filme foi feito com uma energia bem Manoel de Barros: enquanto ele brincava com as palavras, nós brincávamos com os vídeos durante a produção do mesmo. Foi tão gostoso de produzir que até fizemos um making of das brincadeiras que rolaram nos sets”, conta. 

Ela ainda comenta que o filme foi feito sem a menor pretensão de chegar aos festivais. “Eu sou muito grata por todo esse caminho que o curta tem tomado”. 

“Retrato do Artista Quando Coisa” foi selecionado por outros importantes festivais como 32º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e o 24º Festival Ícaro – Festival Internacional de Cine en Centroamérica, realizado na Guatemala. Os diretores buscaram explorar a urbanidade do poeta Manoel de Barros, que sempre é relacionado à natureza e uma interpretação de Filipi Silveira unindo um pouco de seu universo das artes cênicas.

Criação

Silveira nos conta que o filme nasceu sem querer, a partir de uma encomenda de um evento chamado ‘Pratas da Casa’, produzido pela [produtora cultural] Eva Pólvora, que queria que recitasse algum poema do Manoel. Aí convidei a Larissa Neves, Romário Amorim, que é um ótimo produtor musical, para realizar a trilha em tempo recorde, e outros sabe vem mais coisa boa por aí”, conclui Filipe, esperançoso.

Longa

Preparando-se para rodar, em 2023, o seu primeiro longa-metragem, Filipi Silveira afirma que o último curta é uma despedida. “É um presente de Natal e com uma maneira boa de ir agora para um novo capítulo, porque ‘Retrato do Artista Quando Coisa’ e ‘Ano Que Vem Tem Mais’, meus últimos trabalhos, também são uma despedida minha dos curtas, porque agora devo me embrenhar E adianta: “Contaremos a história da escritora Elis, que vem ao Mato Grosso do Sul reencontrar sua família e enfrentar mágoas, traumas, e se reconectar com a terra, nesta obra que vem com financiamento do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais), FIC (Fundo de Investimentos Culturais), e de empresas que acreditaram no projeto, como a Energisa, MSGÁS e Grupo Pereira, neste roteiro de Sergio Virgilio, que também entrei no processo da dramaturgia.”

Por Méri Oliveira   – Jornal O Estado do MS.

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