Sempre demonstrando união quando o assunto é a Avenida Coronel Antonino, o grupo de comerciantes da região tem recorrido à Justiça para tratar sobre o novo corredor de ônibus que pretende ser instalado pela prefeitura de Campo Grande. Observando as consequências dos demais corredores já em funcionamento nas vias da Capital, como na rua Brilhante, e recentemente na rua Rui Barbosa, os empresários contestam a decisão da implantação do novo projeto. À reportagem do jornal O Estado, o grupo de comerciantes que está há anos na região explicou seu posicionamento.
Para a empresária de uma rede conhecida de camisetas e uniformes da Capital, Juliana Aranda, não considera viável o corredor de ônibus em uma via como a rua Bahia. “O trânsito nesta rua sempre foi tranquilo, sem a necessidade de uma mudança como esta. Temos a convicção de que se tornará caótico e as pessoas vão acabar optando por trocar o percurso, o que vai refletir nos nossos clientes. Não somos contra uma maior comodidade para os usuários do transporte coletivo, mas outras medidas, melhor estudadas, poderiam ser aplicadas”, indagou.
Levantando outras hipóteses para o assunto em questão, o empresário Pedro Lanfredi, que possui comércio há 33 anos na rua Bahia, questionou como foi feita a escolha das vias para receber o corredor do ônibus. “Em Campo Grande outras ruas comportam melhor essa inovação, como a avenida Mato Grosso, e até mesmo a avenida Afonso Pena. Essas vias têm canteiro, são largas e pensando nos passageiros, são mais centrais, facilitando o acesso. A rua Bahia terá de ser diminuída, sem necessidade”, afirmou o empresário.
Já sinalizado na via, a prefeitura pretendia já ter instalado o novo modelo de ponto de ônibus, contudo, recorrendo à Justiça, moradores e comerciantes travam a conclusão do projeto. “Não temos estruturas para isso, por isso entramos com essa ação popular com um advogado. Já somos carentes de estacionamento e tivemos que nos adaptar ao longo dos anos, para melhor atender aos nossos clientes. Com esse projeto iríamos perder clientes por não terem onde estacionar, ou pela dificuldade que passariam a ter para chegar até as lojas”, argumentou o grupo.
O que esperam para o futuro da região, é mais parceria do Poder Público com os comerciantes. “Às vezes sentimos falta da comunicação conosco. De repente é o sentido da via que mudam, ou um ponto de ônibus instalado em frente à nossa loja. Tudo isso poderia ser conversado conosco”, defendeu o comerciante Adriano, da panificadora Toscano, na avenida Coronel Antonino.
Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS.
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