A paralisação ocorrerá entre às 6h e 8h, no horário de Brasília
O SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), deu na última quinta-feira (15), um aviso de greve que deve iniciar nesta segunda-feira (19), nos principais aeroportos do país, sendo eles: Congonhas e Guarulhos (São Paulo), Galeão e Santos Dumont (Rio de Janeiro), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte).
A greve deve ocorrer entre 6h e 8h [no horário de Brasília] e pode resultar em atraso e até mesmo no cancelamento de alguns voos. Na Capital, o atraso pode gerar problemas no embarque e nos voos seguintes, prejudicando possíveis conexões.
A greve tem como objetivos principais a recomposição do salário da categoria pelo INPC (Indíce Nacional de Preços ao Consumidor), assim como o ganho de 5% a cima da inflação e a definição do cronograma de veto para alteração dos dias de descanso.
O jornal O Estado foi até o Aeroporto Internacional de Campo Grande e conversou com um dos integrantes de bordo que explicou que de fato a greve é algo recorrente em todos os anos, porém geralmente acontecia somente no aeroporto de Congonhas, e esse ano ficou decidido pelo sindicato que seria nos principais aeroportos do país. “Nós temos que fazer isso todos os anos, para conseguir que seja cumprido o pagamento que é de direito e as empresas se negam a pagar. Como a negociação acontece de sindicato para sindicato, todos nós precisamos aderir”, explicou o funcionário que não quis se identificar.
Em nota emitida pela SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), eles alegam que o preço das passagens foi fortemente afetado nos últimos anos por conta de pandemia, conflitos na Europa, desvalorização do real frente ao dólar e aumento do preço do petróleo e que a última proposta do SNEA, que foi reprovada em assembleia, propunha reajuste de 100% do INPC no salário, diárias nacionais, seguro de vida e vale-alimentação, além de garantir a data base 01/12 e todas as cláusulas financeiras e sociais da Convenção Coletiva enquanto as negociações estivessem em curso.
Ainda conforme o sindicato, até o momento eles não receberam nenhuma contraproposta do SNA. O SNEA acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade.
Decisão judicial
Após o informativo de greve, a ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), decidiu intervir e disse que apenas 10% da tripulação, envolvendo pilotos, copilotos e comissários poderão cumprir a greve, tendo assim 90% da categoria ativa para o trabalho. Caso seja descumprida a decisão, a multa estipulada é de R$ 200 mil.
O presidente da PNA, Henrique Hacklaender se pronunciou após a decisão e afirmou que a greve continua, mas que a decisão será respeitada.
Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS.
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