Rio Negro não apresentava qualquer registro de crime violento desde março de 2019
A Delegacia de Rio Negro e a Polícia Científica a Coxim realizaram, nesta quarta-feira (14), a reprodução simulada do homicídio contra Manoel Nunes Pereira, 73, no último final de semana na cidade de Rio Negro. A medida visa esclarecer alguns pontos, principalmente a divergência de narrativa dos investigados.
Segundo RV News, o crime aconteceu no sábado (10). Na ocasião a vítima foi morta a facadas, por dois indivíduos, que moraram nos fundos de sua residência, após Manoel reclamar do som alto. Um dos envolvidos era cunhado da vítima.
Inicialmente após o crime, a Polícia Militar recebeu informações de que dois indivíduos buscavam carona na saída da cidade. Ao constatar a informação, os policiais descobriram que ambos estavam no local do homicídio momentos antes.
Da mesma forma, também foi conduzido o cunhado da vítima e morador de uma edícula ao fundo da residência onde o senhor morava. Ele estava reunido com os outros dois já capturados ingerindo grande quantidade de bebida alcóolica.
Apurou-se que a vítima já nutria desavenças com o cunhado que residia nos fundos da residência e com frequência convidava outros indivíduos para ingerirem bebida alcóolica. Naquele dia, a vítima reclamou do som alto de música que vinha dos fundos, o que teria incomodado o grupo e acabou sendo determinante para a sua morte.
De acordo com a confissão de um deles, o cunhado da vítima pegou uma faca em sua residência e incitou os outros dois, questionando se “teriam coragem de matar”, o que, de fato, ocorreu. A companheira da vítima, que estava dormindo no momento do crime, acordou com os barulhos do esposo e tentou acudi-lo, mas, diante da gravidade dos ferimentos (13 golpes de faca), não resistiu.
Histórico dos suspeitos
A Polícia Civil esclareceu que o cunhado da vítima já foi investigado por fato similar em 2020, quando também ingeria bebida alcóolica e teria esfaqueado outro indivíduo após discussões, curiosamente também na presença de um dos outros suspeitos de matar Manoel.
Já o outro autuado, que a princípio mentiu a identidade, mas depois confessou friamente o crime, possui outras duas passagens por homicídio, datadas de 2013 e 2014, além de estar com mandado de prisão em aberto por evasão expedido pela 2ª Vara de Execução Penal em Meio Semiaberto e Aberto da Comarca de Campo Grande.