Presidência da Assembleia para 2023 já começa a ser articulada

Alems
Foto: Nilson Figueiredo/Valentin Manieri

Nomes para Mesa Diretora, blocos e comissões também mexem bastidores

Blocos, comissões e principalmente quem será o novo presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), em 2023, já são temas de articulações entre os deputados eleitos.
Até o momento, a deputada reeleita Mara Caseiro (PSDB), que foi a mais votada e campeã de votos com 49.512, já afirmou publicamente que vai formar chapa para disputar a cadeira da presidência.

Além dela, o nome do deputado reeleito Zé Teixeira (PSDB) também aparece como possível pleiteador. Mas o nome do deputado reeleito Lidio Lopes (Patriota) é o que vem causando burburinho nos bastidores da política. Isso porque o apoio dele e da esposa, a prefeita Adriane Lopes (Patriota), ao governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) no segundo turno da campanha eleitoral, pode ser cobrado em breve.

Riedel, que havia sido derrotado na Capital no primeiro turno das eleições, contou com apoio do Patriota, e a prefeita Adriane Lopes, junto ao marido, organizou reuniões e percorreu os bairros da cidade junto ao tucano. A costura política entre o Patriota e o PSDB não terminou nas eleições, e agora, sendo aliado do governo, o presidente do partido no Estado, Lidio Lopes, tem chances de ocupar a cadeira. Seria algo inédito, já que o Patriota nunca alcançou tal posição na Assembleia. No entanto, a questão ainda deves ser resolvida no próprio ninho tucano.

Mara Caseiro também pode entrar para a história da política sul-mato-grossense, como sendo a primeira mulher a ocupar a posição na Casa de Leis. E, pelas declarações à imprensa, ela não parece estar disposta a ceder.

“Coloquei meu nome à disposição e vou conversar com o meu partido, o PSDB, assim como irei buscar apoio de outros partidos. É um momento significativo para nós mulheres”, destaca a deputada.

O ex-líder do governo, deputado Gerson Claro (PP), disse que o assunto será tratado dentro do partido, citando o colega de bancada Londres Machado e a senadora eleita Tereza Cristina, uma das maiores aliadas de Riedel durante a campanha.

O atual presidente, deputado Paulo Corrêa (PSDB), não pode mais concorrer à presidência, pois já se elegeu por duas vezes ao cargo, e segundo o regimento interno há o impedimento. O tucano pode ocupar cargo na Mesa Diretora como primeiro- -secretário, se articular entre o grupo.

Blocos e comissões

Geralmente a chapa que disputa a Mesa Diretora é única e composta por membros de vários partidos. Até lá, os deputados deverão se reunir e decidir sobre o quê, de fato, encaixará melhor a cada um.

Aquele que não conseguir a presidência deve permanecer como primeiro ou segundo vice, além de ocupar a presidência da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final), uma das mais importantes entre as comissões permanentes.
Este ano, a Assembleia Legislativa teve renovação de apenas 29,17% e eleitores escolheram figuras conhecidas em Mato Grosso do Sul para ocupar essas sete cadeiras.

Partidos e blocos

Geralmente os partidos se unem e formam blocos de trabalho. Atualmente, existe o G-10 e o G-9 é formado por partidos como o PSD, PP, Republicanos, PL, PT, MDB e Patriota; isso pode mudar ano que vem.

O PSDB continua com a maior bancada e por isso não necessariamente precisa fazer parte de blocos. O partido PSDB ganhou mais cadeiras com seis eleitos: Mara Caseiro, Paulo Corrêa, Jamilson Name, Zé Teixeira, Pedro Caravina, Lia Nogueira.

O PT teve três eleitos: Zeca do PT, Pedro Kemp e Amarildo Cruz. Patriota, um eleito: Lidio Lopes, e deve ser da base do governo.

PL com três eleitos: João Henrique Catan, Coronel David e Neno Razuk. Do trio, apenas João Henrique já declarou que fará oposição ao governo.

MDB, três eleitos: Marcio Fernandes, Junior Mochi e Renato Câmara, e devem agir de maneira independente, apesar de geralmente o MDB ser da base do governo.

PP dois: Gerson Claro e Londres Machado devem atuar na base do governo.

O PRTB teve um eleito: Rafael Tavares, que já declarou que será de oposição. O Republicanos teve um eleito: Antonio Vaz.

O PDT elegeu Lucas de Lima; o PSD elegeu Pedro Pedrossian Neto; o Podemos elegeu o professor Rinaldo Modesto; e União Brasil elegeu Roberto Hashioka.

Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado.

Confira mais noticias na edição impressa do Jornal O Estado de MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *