O projeto de ensino “Informática na Universidade: Alfabetização digital para adultos”, do Campus de Paranaíba (CPAR) oferece um curso de informática básica para a comunidade acadêmica.
O projeto é coordenado pela professora do curso de Psicologia, Ana Cláudia Santos, e pelo Técnico em Tecnologia da Informação, Dirceu Lorenzi de Matos. O objetivo é promover a aquisição de conhecimentos e habilidades dos discentes no uso dos recursos digitais para o desempenho das atividades acadêmicas. Todos os temas ministrados serão relacionados às atividades regulares dos cursos do campus.
Segundo Dirceu, a demanda surgiu dos próprios alunos que sugeriram a realização de um curso de informática para os discentes. O técnico diz ainda que durante o seu trabalho, percebeu que muitas pessoas que vão até o laboratório de informática manifestam dificuldades muito primárias, como por exemplo, abrir arquivos armazenados em pen drives, fazer o download de materiais que os professores mandam por e-mail ou até mesmo usar o mouse – situações comuns no meio acadêmico, mas que representam uma barreira, dificultando a vida destes estudantes.
Para a professora Ana Claúdia, na sala de aula também é possível observar essas dificuldades. Ela relata que não existe preocupação com a estética dos trabalhos por parte de alguns alunos ou cuidado com a formatação, e ao sugerir modificações aos discentes, os mesmos mostram desconhecimento em relação a estes recursos.
Durante as pesquisas para a realização do curso, Ana Claúdia observou que os dados mostram que, quando o aluno tem conhecimento do uso da informática, como saber usar o computador e até mesmo entrar na internet, isso amplia o seu conhecimento e melhora seu rendimento durante a graduação. Portanto, tanto para a professora quanto para Dirceu, o intuito do curso não é que o aluno passe apenas a entregar trabalhos bem formatados dentro das normas exigidas, mas sim que ele possa utilizar os recursos que a informática oferece para melhorar seu desempenho.
Esta primeira experiência será fundamental para o futuro do curso, pois a pretensão é que ele tenha continuidade nos próximos semestres, a depender da adesão da comunidade acadêmica. O grande desafio agora é adequar o conteúdo ao público que está procurando o curso.
Uma proposta para o futuro, conta Ana Claúdia, é de que os próprios alunos possam ensinar os colegas com mais dificuldades, possibilitando troca de conhecimentos, além da possibilidade de um certificado diferenciado para estes discentes.
De acordo com Dirceu, dentre os 25 inscritos, apenas nove se encaixam nos requisitos para participar do curso, o restante já possui conhecimentos básicos de informática. Segundo ele, este pode ser um indicativo de que será necessário fazer entrevistas ou questionários para avaliar a necessidade do oferecimento de um módulo separado para os alunos que buscam conhecimentos mais avançados. Acesse também: Governador busca investimentos com os Estados Unidos
(Rafael Belo com UFMS)