No centro-oeste, onde sai mais da metade de todo o total de milho do Brasil, a alta nos custos de produção e a maior incidência da cigarrinha estão preocupando os produtores da segunda safra do grão.
Em Mato Grosso do Sul, o custo do cereal já ultrapassou os R$ 4 mil por hectare. Em Mato Grosso a situação não é diferente, onde de acordo com Fernando Cadore, o presidente da Aprosoja-MT, o “custo da soja passou de R$ 7 mil e no milho de R$ 4 mil. Sem dúvida nenhuma a rentabilidade já começa comprometida em função desse aumento generalizado dos custos”.
Cadore ainda esclarece que os números são constantemente analisados, inclusive em relação ao custo de produção. Mas, apesar dos valores elevados, o presidente prevê que a safra 2022/23 terá como ponto positivo a demanda, já que o consumo, com a ajuda das indústrias de etanol, vem crescendo gradualmente.
Zilto Donadello, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), pontua que outra preocupação dos produtores em relação a safra é a presença da cigarrinha do milho.
“O milho primeira safra, em especial no estado de Mato Grosso, causa certo pavor aos demais produtores quanto a questão da cigarrinha. A gente pede que quem for de fato realizar o plantio da primeira safra que faça um bom controle para que não afete a segunda safra”, esclarece Donadello.
Em relação a Goiás e a soja, as plantadeiras atingiram boa parte da área de plantio, mas tiveram de ser desligadas nos últimos dias como consequência da ausência de chuvas.
Em Mato Grosso do Sul, é previsto que 2,2 milhões de hectares sejam plantados durante a safra 2022/23, com perspectiva de produzir 90 sacas por hectare, de acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado, André Dobashi.
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