A candidata a presidente da República Soraya Thronicke paralisou atividades de campanha por causa de uma crise de recursos em seu partido, o União Brasil. A legenda não estaria repassando os valores prometidos para financiar compromissos já firmados, e ela até já acionou advogados para tratar do assunto.
A interlocutores, ela já afirmou que está em uma guerra interna e pesada contra dirigentes da legenda, e disse que não admitirá ser tratada como marionete. Soraya cancelou viagens e vai se limitar a dar entrevistas para divulgar suas propostas.
Dono da maior fatia do fundo eleitoral, o União Brasil recebeu exatos R$ 757.970.221,27 para distribuir para seus candidatos a cargos majoritários e proporcionais.
Além do fundo eleitoral, o União Brasil, que surgiu com a fusão entre o DEM e o PSL, diz contar com mais R$ 250 milhões guardados de anos anteriores para usar na eleição. Deste montante, 30% têm de ser destinados a candidaturas femininas.
A crise envolvendo a distribuição de dinheiro, no entanto, tem se agravado. E outros candidatos, nos estados, têm reclamado de falta de dinheiro.
O economista Marcos Cintra (União Brasil), candidato a vice-presidente na chapa de Soraya, também vai paralisar as atividades de campanha. Ele também é filiado ao União Brasil. De acordo com interlocutores de Cintra, uma das razões é a escassez de recursos para a candidatura, e a falta de transparência na administração dos recursos.
Como Soraya, o economista teve que cancelar compromissos agendados em outros estados. Defensor histórico do imposto único, ele se distanciou do ministro Paulo Guedes por divergências na condução da economia, e por Bolsonaro vetar as discussões sobre a volta da CPMF.
Com informações da Folhapress, por MÔNICA BERGAMO