Serviço de teleatendimento da Secretaria Municipal de Saúde atendeu a 131 pessoas

Foto: Divulgação
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Com 33 casos já confirmados no Estado, plano de contingência da doença é lançado na Capital

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado MS

Um Plano de Contingência Municipal para Infecção Humana da Monkeypox, conhecida como Varíola dos Macacos, foi estabelecido pela Prefeitura de Campo Grande, juntamente com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O documento apresenta informações estratégicas e estabelece as orientações epidemiológicas, competências assistenciais e laboratoriais para a gestão dos casos da doença no município. Para ampliar o acesso às orientações sobre a doença e casos suspeitos, a pasta municipal oferece o serviço de teleatendimento, que já monitorou 131 pacientes, entre casos confirmados, suspeitos e descartados.

Elaborado pra orientar os profissionais de saúde para a resposta rápida ao atual evento de saúde pública, o Plano de Contingência foi desenvolvido, bem como para direcionar as ações da assistência e vigilância quanto à definição de caso de monkeypox, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica em Campo Grande.

Unidades sentinelas

A organização da assistência aos pacientes também está prevista no documento, onde sete unidades sentinelas – uma em cada distrito sanitário – foram estabelecidas para realizar a coleta de exames de pacientes com suspeita da doença, são elas: Distrito Anhanduizinho USF Botafogo; Distrito Bandeira USF Tiradentes; Distrito Centro UBS 26 de Agosto; Distrito Imbirussu USF Ana Maria do Couto; Distrito Lagoa USF Batistão; Distrito Prosa USF Mata do Jacinto; Distrito Segredo USF Vida Nova.

“A atualização do plano ocorrerá sempre que necessário, mediante novas evidências científicas. Em relação à incidência de casos, ou não, no município, seguiremos monitorando e acompanhando todos os dados”, garante a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo.

Além de receber orientações, os pacientes também serão monitorados pelo serviço de teleatendimento. O serviço funciona diariamente, de 7h às 19h, pelo número (67) 2020-2170. Segundo a secretaria, 131 pessoas já passaram pelo monitoramento do serviço, incluindo alguns pacientes que tiveram as suspeitas descartadas, casos suspeitos, confirmados e contatos desses pacientes.

O Plano de Contingência Municipal para Monkeypox está disponível para consulta pública. Acesse o site: www. campogrande.ms.gov.br/sesau/ downloads/plano-de-contingencia-monkeypox-1a-versao/.

Sintomas

Os principais sinais e sintomas apresentados são: febre alta e de início súbito, inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica, dores de garganta e posteriormente o aparecimento de vesículas na pele são os principais sintomas da doença, que é transmitida por meio de gotículas salivares ou do contato direto com a secreção expelida pela erupção na pele.

É necessário ficar atento a todos os sintomas, porque a doença tem um período de incubação de até 21 dias, assim, todas as pessoas com quem se tem contato próximo ou íntimo neste período também podem ser contaminadas. Contudo é importante ressaltar que o contato deve ser prolongado e íntimo, para que haja a contaminação.

A prevenção contra o contágio acontece por meio de medidas básicas de higiene e evitando o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas, roupas ou outros itens que possam ter entrado em contato direto com as vesículas ou secreções do paciente.

Casos confirmados

No Estado, a marca de 33 pessoas infectadas foi atingida, após mais sete casos serem confirmados na última semana, pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). De acordo com o boletim epidemiológico, os novos casos foram registrados na Capital, em Aquidauana, Dourados e Ponta Porã, sendo cinco homens de 16, 26, 34, 46 e 28 anos, um menino, de 2 anos, e uma idosa, de 73 anos. Segundo a Sesau, a idosa segue internada na Capital.

Conforme a SES, a faixa etária com maior número de contágios está entre a população de 20 a 29 anos com 32,4%, seguida pela faixa etária de 30 a 39 anos com 29,7% e de 40 a 49 anos com 13,5%.

Segundo a secretaria, ainda existem 68 casos suspeitos, que seguem em investigação. De acordo com levantamento, se trata de pessoas que moram nas seguintes cidades: Campo Grande (50), Dourados (2), Três Lagoas (4), Costa Rica (1), Fátima do Sul (2), Aquidauana (5), Maracaju (1), Jardim (1), Nova Alvorada do Sul (1), Paranaíba (3), Deodápolis (1), Figueirão (1).

Veja mais: Plano de Contingência contra Monkeypox é lançado com orientações e ações estratégicas

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