O coração de Dom Pedro I chegou a Brasília na manhã desta segunda-feira (22), para participar dos eventos em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil. Essa é a primeira vez que o órgão do imperador, conservado desde 1834 em um vaso de vidro cheio de formol, deixa Portugal em 187 anos.
O coração foi recepcionado com honrarias por diversas autoridades, como o embaixador de Portugal no Brasil, Luiz Felipe Melo, e os ministros Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa, e Marcelo Queiroga, da Saúde. Após isso ele foi levado para o Itamaraty.
Na terça (23), a relíquia terá a sua chegada comemorada com cerimônias no Ministério de Relações Exteriores e no Palácio do Planalto, contando com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, após essa celebração, o órgão ficará em exposição no Palácio do Itamaraty, até 5 de setembro. A data para sua volta a Portugal está marcada para dia 8 de setembro.
As negociações para a vinda da relíquia começaram em fevereiro deste ano e a decisão de Portugal de “emprestar” o coração de Dom Pedro I para as celebrações de 7 de setembro, foi tomada em meio a diversas críticas de intelectuais de ambos os países.
O assunto foi cercado por várias preocupações sobre a conservação do órgão, que foi transportado em um dispositivo pressurizado. A Câmera Municipal de Porto chegou a encomendar uma perícia técnica no coração, antes dele ser enviado até o Brasil. Um esquema de segurança também foi montado, para o retorno do órgão até Portugal. O valor gasto em toda essa operação não foi divulgado pelo Governo Brasileiro.
Mas, essa não é a primeira vez que os restos mortais de Dom Pedro I dão uma voltinha no Brasil. Em 1972, durante a ditadura militar, parte da ossada do imperador foi exposta em diversas cidades brasileira, com o intuito de comemorar a Independência do Brasil.
Dom Pedro I faleceu em 1834 e foi o responsável por declarar a Independência do Brasil, além de ser o primeiro chefe de estado do país. Seus restos mortais estão sepultados na cripta imperial, no Parque da Independência. Já o seu coração é mantido na capela-mor, da Igreja de Nossa Senhora da Lapa, em Porto, Portugal.
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