O dólar oscilava entre estabilidade e leve queda frente ao real nos primeiros negócios desta sexta-feira (12), fazendo uma pausa depois de avançar expressivamente na sessão anterior, enquanto o foco de investidores permanecia sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve, em dia de agenda doméstica fraca.
Às 9h06 desta sexta, o dólar recuava 0,01%, a R$ 5,15. Na quinta-feira (11), a moeda brasileira andou na contramão do mercado com investidores procurando oportunidades em outros países emergentes.
O dólar fechou em forte alta de 1,41%, a R$ 5,16 na quinta, um dia após a taxa de câmbio ter recuado ao menor patamar desde a primeira quinzena de junho.
Já o índice Ibovespa, referência para as ações negociadas na Bolsa, cedeu 0,47%, a 109.717 pontos. A baixa do mercado acionário doméstico ocorre após sete altas consecutivas.
Para especialistas do mercado financeiro, após um período de ganhos da moeda brasileira impulsionados pela maior taxa de juro real do planeta e de recuperação da Bolsa, investidores decidiram se desfazer de ativos valorizados. Houve o que o mercado chama de realização de lucros.
Em uma classificação diária que compara cerca de duas dezenas de moedas de países emergentes, o real teve disparado o pior desempenho frente ao dólar. Caiu 1,21%.
Investidores se sentiram encorajados a buscar posições mais arriscadas e com maior potencial de lucro após a desaceleração da inflação nos Estados Unidos ter sinalizado que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) poderá reduzir o ritmo de elevação da sua taxa de juros.
Na quarta-feira (10), a taxa de câmbio no Brasil recuou e o mercado de ações tomou fôlego com a divulgação da taxa de inflação nos Estados Unidos menor do que a esperada.
O índice de preços ao consumidor americano permaneceu inalterado em julho, após avançar 1,3% em junho, segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Projeções da agência Reuters indicavam alta de 0,2% do índice no mês passado. O acumulado em 12 meses caiu de 9,1%, em junho para 8,5%, no mês passado.
Com informações da Folhapress